Assembléia de Deus Missão Brasil: 2018

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

APRESENTAÇÃO DE FILHOS AO SENHOR

APRESENTAÇÃO DE FILHOS AO SENHOR

Apresentação de filhos ao Senhor

Depois que se completaram os dias da purificação segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém, para o apresentar ao Senhor. Lc. 2, 22.

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.

A importância de apresentar e consagrar os filhos ao Senhor
É importante que uma criança saiba qual sua posição diante de Deus, sendo essencial que os conceitos de Deus lhes sejam ensinados desde cedo.

Assim sendo, a criança era consagrada a Deus, mas para leva-la de volta para casa os pais deviam deixar como que um “resgate”, um boi, uma ovelha ou um casal de pombos para os pobres. Os pais de Jesus pagaram também esse resgate, mas sabiam que era só por um pouco de tempo, pois esse Menino seria o Messias de Deus, o enviado para salvar a humanidade. Ele só voltaria ao mundo para salvar o mundo.

No episódio da apresentação de Jesus no Templo, São Lucas ressalta o destino messiânico de Jesus. Objetivo imediato da viagem da Família de Jesus, de Belém a Jerusalém, é, segundo o texto de Lucas, o cumprimento da Lei: Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para O apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na lei de Deus: Todo o primogênito varão será consagrado ao Senhor” e para oferecerem em sacrifício, como se diz na lei do Senhor, um par de rolas ou duas pombinhas. Lc. 2, 22-24. Com este gesto, Maria e José manifestam o propósito de obedecer fielmente à vontade de Deus, rejeitando qualquer forma de privilégio. A vinda deles ao templo de Jerusalém assume o significado de uma consagração a Deus, no lugar da Sua presença. Induzida pela sua pobreza a oferecer rolas ou pombinhas, Maria dá na realidade o verdadeiro Cordeiro, que deverá redimir a humanidade, antecipando com o seu gesto quanto era prefigurado nas ofertas rituais da Antiga Lei.

Acima de tudo a apresentação de uma criança ao Senhor é um ato de gratidão visto que “Tudo vem de Ti e do que é Teu to damos” (ICro.29.14) Ainda o fazemos com o objetivo de que a igreja a conheça e a criança conheça a casa do seu melhor amigo:JESUS. Possa ela dizer como Davi: “Alegrei-me quando me disseram vamos à casa do Senhor”.(Sl 122) O objetivo é sim, o de apresentar a Casa de Deus à criança. Ela foi visitar Deus em Sua casa, isto pode se tornar de suma importância em sua vida. A criança passa a conhecer a casa de seu melhor amigo: JESUS. “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor”. (Sl.122.1) Ao mesmo tempo rogamos a Deus suas mais ricas bênçãos para que esse pequeno ser, se torne amparado, socorrido e protegido por Ele. Ainda, temos o desejo de solicitar de Deus a sabedoria e o discernimento aos pais, para que saibam educar, encaminhar e orientar a criança da melhor maneira, para que se torne alguém de bem e viva honrada e dignamente sendo completamente feliz. “O Meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”. (Sl. 121.2)

Os pais devem mostrar-lhes o caminho. Os pais que apenas contam aos seus filhos os fatos religiosos e depois os enviam a igreja, não podem esperar que eles queiram frequentar uma igreja, futuramente.

As crianças só podem compreender Deus e a verdade da Sua Palavra na medida em que elas o experimentam, dentro de seus relacionamentos e, em especial, dentro de suas casas.

O desenvolvimentos espiritual de uma criança começa na sua casa. Os pais não devem delegar essa tarefa para a escola, igreja, Pastor etc... Esses locais e pessoas ajudam na educação.

Essas verdades devem ser ensinadas não só com palavras, mas com atitudes e comportamentos adequados. Isso provocará na vida da criança equilíbrio emocional e ajudando a tornar-se um adulto saudável.

Paulo pôde observar na vida de Timóteo a influência da família, como está relatado em II
Timóteo 1:5 diz: "Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que habitou, primeiramente em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo que, também habita em ti." Notamos neste versículo um ensinamento da fé em Cristo, entre as gerações.
Também observamos, no livro de Lucas 2 versos: 22, 23, 40 e 52, que os pais de Jesus obedeceram a uma ordenança e o consagraram ao Senhor Deus. Como consequência, Cristo teve um excelente desenvolvimento espiritual.
Portanto, consagrar um filho ao Senhor, é o primeiro passo para que essa vida seja abençoada em todas as áreas. Gerações vão herdar essa benção.

Em geral se faz necessário a seguinte:
1. Dados Gerais
Nome da Criança e data de nascimento: 
Nome da mãe:
Nome do pai:
Celular/Operadora/E-mail - Mãe: 
Celular/Operadora/E-mail - Pai:
Participa de alguma célula? Se sim, qual? 

2. Escolha um horário para que a apresentação ocorra:

1ª Culto das 08:00h às 09:30h

2ª Culto das 10:30h às 12:00h

3º Culto a noite

Compromisso
O dia da consagração de nossos filhos é um dia muito especial em nossas vidas. Dia esse, que dedicamos nossos filhos a Deus, para honra-lo e servi-lo. Então diante de Deus, assumimos a responsabilidade de ensinar os caminhos espirituais que nossos filhos devam seguir.

Uma apresentação é também plena de compromissos. Compromisso diante de Deus. A igreja se comprometendo em orar, se colocar à disposição para ajudar na formação e no ensino da Palavra de Deus. Compromissos da família em buscar sabedoria para educar e para fazer a vontade de Deus. Ao apresentarmos uma criança não estamos fazendo com que os pais assumam responsabilidades  apenas com a igreja, mas sim, com Deus. Queremos lembrar-lhes do compromisso com Deus, Criador e sustentador do da vida de geração em geração. (Sl. 90.1). A apresentação é acima de tudo um ato de louvor dentro do culto público no seio da igreja. O exemplo de Jesus sendo apresentado no Templo pode ser lembrado como um dos mais importantes episódios na vida da família de José e Maria. (Lc 2.22)

Instruções aos Pais

A. A participação do Culto de Consagração de Crianças está aberta a qualquer pai/mãe que deseja fazê-lo.

B. Podem participar deste ato, bebês e crianças que não foram apresentadas a Deus.

C. O formulário deve ser preenchido com os dados dos pais e da(s) criança(s), antecipadamente.

D. Os Cultos de Consagração de Crianças serão realizados todo primeiro domingo de cada mês.

E. As fichas que chegarem depois da data serão direcionadas para o culto seguinte.


3. "...Era este menino que eu pedia, e o Senhor concedeu-me o pedido.
Por isso, agora, eu o dedico ao Senhor. Por toda a sua vida será dedicado ao Senhor". E ali adorou o Senhor."
1 Samuel 1:27,28

Assim como aconteceu com Samuel, também apresentamos e consagramos nossos filhos ao Senhor. Mas tal ato, não exime os pais da responsabilidade de ser os sacerdotes dos filhos e de educa-los conforme nos ensina a palavra de Deus. "...Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles." - Provérbios 22:6


CONTINUA 

Leia também  A CURA PARA AS DOENÇAS

José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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segunda-feira, 19 de março de 2018

A CEIA E O BATISMO PARA PESSOAS AMASIADAS


A CEIA E O BATISMO PARA PESSOAS AMASIADAS
A CEIA E O BATISMO PARA PESSOAS AMASIADAS
Não há no Novo Testamento nenhuma exigência para o batismo nas águas ou a ceia relacionada a "contratos ou certidões de casamento", aliás, as únicas exigências são arrependimento, fé, consciência e vontade (Mc 16.16; At 2.38-41; 8. 36-37). A história e a Bíblia (Mt 15.3) nos revelam os riscos de se colocar a "tradição" acima da Palavra de Deus promovendo com isto a injustiça.
É no mínimo contraditório o fato de se negar o batismo nas águas para os crentes que participam ativamente da vida na igreja, contribuem com seus dízimos, dão ofertas, evangelizam, fazem parte dos órgãos de cântico, alguns são líderes, ensinam na escola dominical, e são batizados com o Espírito Santo. Só não podem assumir funções "oficiais" e participarem da Santa Ceia.
O fato de algumas pessoas chegarem à Igreja vivendo em uma união estável com alguém não impede, em hipótese alguma, que a pessoa faça uma aliança com Deus, uma vez que essa é uma decisão pessoal, que se dá acompanhada de um desejo sincero de segui-Lo. Nesse caso, como o casal já vivia como marido e mulher antes de conhecer o Senhor Jesus, não é fornicação, muito menos prostituição.  
O que temos no Gênesis a respeito do primeiro casamento é algo de mais elevado. Deus instituiu o casamento e realizou, pessoalmente, a primeira cerimônia. Porém, podemos notar que Deus deu sua benção para o primeiro casal. Mas, não havia um papel ou um registro que Adão pudesse mostrar para as futuras gerações, o que observamos é que havia uma união estável entre Adão e Eva. Porque, não lemos em nenhum dos versos bíblicos que Deus tivesse dado um papel para eles como registro de casamento. 
O que podemos dizer é que Deus institui o casamento como uma união estável e com tempo interminável, ou seja, o casamento entre o homem e sua mulher é para vida toda, tendo como sua principal exigência a fidelidade de ambos. 
Nas cidades gregas e muitas cidades do mundo antigo, o casamento era realizado apenas com os votos e estes eram apenas de prosperidade e fertilidade para os recém-casados, não existia um registro ou carta de casamento. O divorcio da mesma forma, se o homem desejasse devolver a esposa à casa dos pais, teria que fazer com o respectivo dote. Essa era a forma dos gregos e de muitas nações do mundo antigo. Somente depois de muitos anos é que se começou a usar o documento devido as guerras e raptos de esposas. Antes disso o casamento, apesar de sagrado, era apenas uma instituição de união estável entre homem e uma mulher.

PADRÃO BÍBLICO
A grande verdade é que a Santa Ceia foi instituída por Jesus (Mt 26.17-28; Mc 14.12- 24; Lc 22.7-20), como a primeira ordenança de Cristo: O Batismo (Mt 28.19; Mc 16.15-16). A segunda ordenança: A Santa Ceia; Mt 26.26-28; Lc 22.19-20. Para o cristianismo estas duas cerimônias são sagradas. E isto é um fato, como já estudamos a Ceia do Senhor tem alguns paralelos com outras religiões e suas tradições como o judaísmo; Páscoa judaica. O Senhor Jesus ao instituir a Santa Ceia o fez bem na época da páscoa. A Ceia do Senhor só deve ser servida aos crentes fiéis, ou seja, aos crentes em plena comunhão com Deus e com a igreja.
O batismo nas águas tem único objetivo, o arrependimento dos pecados, como está escrito: apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados. Mc.1.4. A palavra “arrependimento” significa “largar o pecado”, “dar meia volta”. Uma pessoa que deseja se batizar deve está sinceramente “arrependida” de seus pecados. Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados. At.2.38.
Segundo nossas pesquisas uma pessoa amasiada tem duas opções para se batizar: arrepende-se do seu pecado e casar para legalização de seu casamento para assim evitar escândalo para igreja. Afinal, para as pessoas do mundo e para muitos irmãos e até pastores, uma pessoa amasiada, é uma pessoa que está em fornicação.
E para justificar seu pensamento citam Hb.13.4 que diz: O matrimônio seja honrado por todos, e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros. Nas versões: ARA diz “impuros”, ARC/ACF “prostituição”, BLH/NVI “imorais”, AEC “devassos”. Todas estas palavras são traduções da palavra grega “pornos”: Relação sexual ilícita, fornicação, sexo fora do casamento. Não irei fazer uma hermenêutica ou exegese dos termos porque, já estudamos esse assunto em meu estudo sobre o casamento.  

O casamento é uma instituição divina, Deus quando formou o primeiro casal Ele os uniu em uma aliança (Gn.2.18-24). O sacerdote foi o próprio Deus (Gn.1.27,28). Essa “aliança” vem sendo celebrada em todos os tempos por sacerdotes, juízes ou pessoa de autoridade constituída. O casamento é a união legítima de homem e mulher. Seja celebrado civil, religioso, ambos estão submisso à autoridade constituída por Deus: Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Rm.13.1.

Antes de julgamos um casal por não ter um registro de casamento temos que primeiro se considerarmos que os amasiados não são solteiros, assim sendo, não podem praticar a fornicação. E segundo, eles são amparados pela lei de nosso País que diz: Eles vivem uma união estável e não são solteiros segundo a lei.
Diante deste fato e partindo do Direito Tributário, o Estado acabou por reconhecer através da Constituição de 1988 em seu art. 226 parágrafo 3°, a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, caracterizada pela convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir família. Tal artigo foi regulamentado pela Lei 9.278 de 10 de Maio de 1996 e pelo novo Código Civil de 10.01.2002 em seu art. 1723. O Estado com isso corrigiu um erro e uma injustiça, retomando o principio dos primórdios da sociedade onde "o fato do casamento era por si reconhecido e satisfatório. Tais mudanças nas leis do país, não quebraram nenhum principio bíblico referente a vida conjugal entre homem e mulher, ao contrário, consolidaram o referente princípio.
A bíblia nos manda ser obediente as autoridades, como está escrito: Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Romanos 13:1.

Assim sendo, como fica a questão dos amasiados na igreja que vivem uma união estável. No meu ponto de vista devemos analisar a questão dos amasiados com muita cautela para não sacrificar nem o lado dos que são casados e nem o lado dos que vivem uma união estável e nem o da igreja como um todo. 
Como toda regra tem sua exerção. Necessário se faz excluir do caso de união estável os namorados que não vivem juntos e não constituíram uma família, apenas namoram, porque esses praticam neste caso fornicação. Assim sendo, todos não só os namorados precisam casar para regularizar sua situação com Deus e a igreja para evitar o escândalo.

EVITE O ESCÂNDALO
Na minha opinião o fato de ser preciso um casamento entre as pessoas para poderem tomarem ceia e participarem das liturgias da igrejas é necessário para se evitar o escândalo para a igreja e ao evangelho de Jesus, como está escrito: É inevitável que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem. Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos. Lucas 17:1-2.
A palavra grega skándalon que significa armadilha, é como se um passarinho que veio pousar onde havia um skándalon, pois com o seu movimento deslocaria o gatilho e ficaria preso na arapuca. Para o pássaro foi um escândalo (uma isca), isto é, o seu gatilho de captura ou de morte. É por isso que Jesus diz: ai daquele por quem vier o escândalo. Porque, o que causa é a morte dos outros.  
Esta palavra acha-se 15 vezes no Novo Testamento, em forma de substantivo e 30 vezes como verbo. Em termos de substantivo a maioria das vezes a tradução é, ‘escândalo(s)’, umas quatro vezes como ‘tropeço’, uma vez como ‘ofensa’ e outra ainda como ‘ciladas.’

Esta palavra é usada umas dez vezes para descrever aquilo que causa em outro, ser escandalizado (Mateus 13:41; 16:23; 18:7; Lucas 17:1; Romanos 11:9, 14:13, 16:17; 1 João 2:10 e Apocalipse 2:14). Três vezes usa-se em torno de Cristo ou Sua obra salvífica, por isso um escândalo para muitos Romanos 9:33, 1 Coríntios 1:23 e Gálatas 5:11. Cristo caracterizou Pedro como um tropeço na ocasião em que disse ‘Senhor, isso de modo algum te acontecerá’ (falando da morte de Jesus) (Mateus 16:23). Paulo aproveitou esta palavra para indicar aqueles que promoveram a doutrina alheia (Romanos 16:17).

Somos livres para não pecar. Todas as coisas são puras, lícitas, mas, nem todas devem ser praticadas. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. 1 Coríntios 6:12. Desse modo, o que é permitido, se causar algum escândalo, deve ser evitado. Seu testemunho de vida cristã precisa ser maior do que qualquer prazer que possa usufruir.
A luz da consciência cristã, formada pela presença do Espírito Santo na vida de cada crente e da Igreja. Se a decisão não dá paz interior a todos os membros da Igreja; se não há um consenso geral da Igreja, é melhor repensar antes de fazer algo que venha produzir escândalo.
Temos que ter cuidado para que os fracos não sejam expostos à extensão da liberdade que alguns querem ter em Cristo. Isso vale para todas as coisas, porém, especialmente, para as espirituais e as ordenanças de Jesus para igreja. O melhor é lutar com o Senhor para que Ele fortaleça aqueles que, no momento, estão fracos na fé. Com o passar do tempo, tendo-se fortificado, essa pessoa já não será mais um impedimento, no entanto, que fique bem claro que sua liberdade em Deus jamais será uma licença para pecar ou fazer alguém pecar.

A Igreja de Cristo é de natureza espiritual. Ela trabalha, antes de tudo, com valores e objetivos espirituais e eternos, pois é a agência do Reino de Deus na terra, enquanto Cristo não volta.
Assim sendo, a igreja deve estabelecer para si normas de conduta diante da sociedade. Quando Jesus disse que a nossa luz deve resplandecer diante dos homens, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos Céus (Mt 5.13-16), ele estava dizendo que a Igreja deveria projetar um testemunho aceitável, louvável. A ideia do sal da terra e da luz do mundo, por outro lado, mostra que a Igreja deve formar normas corretas e padrões dignos de uma consciência limpa perante Deus e o mundo. 

PADRÃO DA CONSCIÊNCIA
Ora, Deus retribui ao homem de acordo com o que este faz, e lhe dá o que a sua conduta mereceJó 34:11.
A Bíblia diz que é a própria pessoa quem deve decidir se participa ou não da Ceia do Senhor. Ela deve examinar-se a si mesma e resolver à luz desse autoexame. 1Co 11.23ss. Não creio que o pastor ou outro homem tenha autoridade para proibir alguém de assentar-se à Mesa do Senhor, até porque as consequências por participar indevidamente são muito ruins, mas para a própria pessoa, não para o pastor.
A Bíblia é clara em dizer que, depois que a pessoa examinar-se interiormente, poderá participar da cerimônia; portanto, o “comer ou beber indigentemente” é comer sem examinar-se interiormente, reconhecendo que é um pecador e que está verdadeiramente arrependido.
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; Romanos 2:14,15.
A grande dificuldade para se administrar esse caso de consciência, em verdade não está naquilo que a Bíblia afirma, mas naquilo que a religiosidade pensa que a Bíblia afirma. Conceitos como prostituição, fornicação e adultério tradicionalmente vêm sendo muito mal aplicados para justificar proibições arbitrárias e julgamentos que só cabem no arcabouço de regras humanas, herdadas do catolicismo romano e que ainda assombram a falsa moralidade de muitos cristãos. Nem todo casal não casado é fornicário, prostituição é um ato de venda do corpo e adultério só existe onde há infidelidade conjugal. Qualquer situação que não configure exatamente estes conceitos não pode receber este tipo de julgamento.
Porém, para se evitar escândalos ao Nome de Jesus o casal dever se casar e participar de todas as atividades da igreja. Se, todavia, o casal for crente e um dos cônjuges deseja casar e o outro não, as proibições se aplicam apenas na parte rebelde e as liberações são franqueadas à parte obediente à Palavra. Porque, a pessoa que deseja casar com certeza tem sua consciência limpa diante de Deus.
A grande marca que vemos na vida de cristãos verdadeiros é o desejo de mudar aspectos de suas vidas que não agradam a Deus e que foram contraídos quando ainda não conheciam a Cristo. Inclusive, isso é muito ensinado na Bíblia: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. Efésios 5:8. Quando essas mudanças dependem exclusivamente de nós mesmos creio que tenhamos uma responsabilidade maior de lutarmos contra o que está errado e implantar aquilo que é correto e de acordo com a vontade de Deus. Mas nem sempre é assim. E no caso de um casal amasiado, onde um se converteu e o outro não? Nem que tudo de errado que possa haver nesse casamento é responsabilidade da parte que é cristã. Como está escrito: Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Romanos 14:12.
Sendo desta forma, as ordenanças referentes ao batismo e ceia podem ser aplicadas ao nível de consciência de cada um. Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens. Atos 24:16.

DÍZIMOS E OFERTAS
Nestes casos o pastor deve também julgar justo, se a consciência dos amasiados não os deixarem contribuir com dízimos e ofertas. Afinal, eles têm algo que os impedem por serem amasiados. Assim sendo, cabe ao pastor lutar para ajudar o casal a se regularizarem o mais rápido possível.
Deverá a igreja aceitar alguém que está vivendo numa relação de união estável, esperando que ele mais tarde decida corrigir seu erro? Se a resposta a essa pergunta é não.
Porque, a igreja que pertence a Cristo é um corpo de pessoas tiradas do mundo para serem santos. 1Coríntios 1:2. E que os verdadeiros cristãos não podem manter comunhão com aqueles que continuam na impureza do pecado. 1Coríntios 5:9-13; 2 Coríntios 6:14-7:1.
Quem vive em união estável devem o mais rápido consertar sua vida conjugal, para poderem participa das ordenanças do batismo e da santa ceia.
E como para igreja eles não são aptos para comungar é justo também que a igreja os liberem da contribuição dos dízimos e ofertas.
Afinal, para a igreja eles precisam mudar de vida para serem batizados e também participem da santa ceia.
Este é o dever da igreja para que ela não caia no pecado de dois peso e duas medidas, como está escrito: Não carregueis convosco dois pesos, um pesado e o outro leve, nem tenhais à mão duas medidas, uma longa e uma curta. Usai apenas um peso, um peso honesto e franco, e uma medida, uma medida honesta e franca, para que vivais longamente na terra que Deus vosso Senhor vos deu. Pesos desonestos e medidas desonestas são uma abominação para Deus vosso Senhor. Deuteronômio 25:13-16.
Afinal, Ter dois pesos e duas medidas é objeto de abominação para o Senhor. Provérbios 20:10.

O batismo assim como a Santa Ceia é ordenança do Senhor para todos os que creem, sem condições. E por ser ordenança de Deus, nenhum pastor tem o direito de impedir alguém de obedecê-lo. O batismo é exatamente uma declaração pessoal de quem se reconhece pecador e deseja uma mudança total em sua vida. Por isso, se batiza, morrendo para o mundo e ressuscitando em Cristo Jesus e a ceia é a comunhão com o corpo de Jesus Cristo.

AS ORDENANÇAS
Não há na Bíblia um versículo específico que estabelece uma lista de quem pode e quem não pode tomar a Santa Ceia. Por isso algumas pessoas precipitadamente defendem que a Ceia do Senhor deve ser servida para todas as pessoas, independentemente de serem cristãs ou não. Na verdade esse tipo de posição tem se tornado cada vez mais comum em alguns círculos evangélicos.
Normalmente quem pensa assim argumenta que a Ceia é do Senhor, e, portanto, não podemos privar um pecador incrédulo de participar dela. Os defensores desse tipo de interpretação até sugerem que, sob esse aspecto, a Ceia do Senhor serve como um tipo de evangelização.

Mas esse tipo de interpretação é equivocada e perigosa. Apesar de algumas pessoas pensarem o contrário, a Bíblia fornece algumas diretrizes importantes sobre quem pode participar da Santa Ceia.
A Santa Ceia é uma ordenança do próprio Cristo a sua Igreja. Na noite em que nosso Senhor instituiu o sacramento da Ceia, Ele pegou o pão, o abençoou e disse: Isto é o meu corpo oferecido em favor de vós; fazei isto em memória de mim. Lucas 22:19. Depois, tomando o cálice, Ele deu graças e disse: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Lucas 22:20.
Tudo isso significa que no momento em que a Ceia é celebrada, a Igreja está reunida em comunhão para celebrar a obra redentora de Cristo. Os elementos que fazem parte dessa ordenança simbolizam a carne e o sangue de Cristo. Além disso, Jesus foi claro ao dizer: “Fazei isto em memória de mim”.

Isso implica na verdade de que a Ceia do Senhor é muito mais do que um mero memorial. Ela não é uma simples lembrança. O próprio Cristo, espiritualmente através do Espírito Santo, é o anfitrião dessa celebração. Ele se oferece como alimento de seu povo. Ao participar da Ceia, o redimido se alimenta espiritualmente de Cristo. Certamente isso indica que só pode tomar a Santa Ceia quem realmente é capaz de participar dela discernindo exatamente o que ela significa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existem alguns casos que precisam ser levados pra a apreciação do ministério tais como, uma cristão fiel que a muitos anos serve a Deus ,mas o seu cônjuge não se converte e não aceita se casar legalmente, são casos que precisam de uma atenção especial. Outro caso é quando um dos parceiros sofre um acidente ou são inválidos e tantos outros casos que precisam ser analisados pela igreja
O batismo na igreja tornou-se uma ferramenta de acesso a comunhão com o corpo, principalmente para a ceia do senhor, e o ministério, é necessário que o batismo seja levado a sério, o novo convertido precisa saber o significado disso, e outra coisa que precisa ser levado em conta é a questão do pecado e da legalidade, se eu aceito batizar sem se casar, não posso pregar contra quem dirige um carro sem carteira, contra os jovens que transam antes de casar,
Perdemos a autoridade, porque muitos pensam; qual a diferença de quem é amasiado e pra um jovem que transa antes de se casar é praticamente nenhuma, sobre o ponto de vista dos que transam sem ser casados a igreja comete uma injustiça com eles.
Assim sendo, no caso da União Estável ou de Amasiados, há duas situações a serem consideradas:
1) Quando os Cônjuges são Livres e desimpedidos. Neste caso, para ligar-se à Igreja, podem perfeitamente formalizar o casamento.
2) Quando um ou os dois ainda são casados com outro cônjuges. Neste caso existe o adultério. No caso, o cônjuge ou ambos devem provocar o divórcio, que é o expediente legal, para que possam outra vez se casar. A Igreja deve esperar que o procedimento se cumprisse. É evidente que surgem problemas de custos do procedimento do divórcio e do casamento, mas vale a pena esperar. Se a Igreja aceita o divórcio como um expediente válido, não há maiores problemas para resolver o problema da união estável. Evidentemente, o divórcio é outro problema a ser estudado. 


O casamento formal reconhecido é uma conquista da sociedade e dos padrões elevados para o ser humano, por causa das suas implicações sociais e jurídicas, o que interessa à Igreja. Portanto, a Igreja deve valorizá-lo e dignificá-lo, como está escrito: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Filipenses 4:8.
Todo casamento, que é a união civil, é formalizado por meio de uma celebração feita por um juiz de paz ou de direito, gerando uma certidão de casamento. Já a união estável se constitui a partir do momento em que duas pessoas passam a conviver juntas por opção; sem impedimento para a realização do matrimônio, de maneira pública, contínua e duradoura, com o intuito de constituir uma família. 
Jesus pela cruz deu Poder da Igreja de ligar e desligar. Mateus 16.18 confirma isso, quando diz: tudo o que ligares na terra, terá sido ligado, e tudo o que desligares, terá sido desligado, pode favorecer certas decisões não especificadas pela Bíblia. Neste caso, uma Igreja pode tomar a decisão de aceitar um casal amasiado e isto será feito. Só que a Igreja deve estar consciente de que a decisão foi tomada primeiramente por Deus e para Deus.

CONTINUA...

SHALOM ADONAY

José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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domingo, 18 de março de 2018

A DOUTRINA DA SANTA CEIA

A DOUTRINA DA SANTA CEIA
A DOUTRINA DA SANTA CEIA
Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto, em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque , todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 1 Co 11:23-26:

A grande verdade é que rios de sangue foram derramados tanto por mãos protestantes como católicas por causa de intrincadas doutrinas relacionadas à Ceia do Senhor.
Jesus ao instituir suas doutrinas tinha a intenção de comunhão, o homem através de suas incompreensão das doutrinas Cristã tem causado dissensões e intrigas na igreja.  
Estes termos Batismo e Ceia, são usados para expressar as duas observâncias (Batismo em Água e a Santa Ceia) da Igreja Cristo. A palavra «sacramento» e a palavra «ordenança». O termo «ordenança» se deriva do latim ordo, que significa «uma fileira», «uma ordem». A palavra «ordenança» esta relacionada ao Batismo em água e a Ceia do Senhor Jesus. Sugerindo que essas cerimônias sagradas foram instituídas por mandamento, ou ordem de Cristo. Ele ordenou que fossem observadas pela Sua Igreja. Mat 28.19,20; 1 Cor 11.26.

A ORIGEM DO TERMO
A palavra «ceia» é no latim coena, que significa «refeição noturna», ou seja, refeição que se come à noite, depois do jantar, em geral a última do dia. A origem da ceia é religiosa. Entre os gregos antigos, a ceia se realizava em banquetes públicos, comemorativos das grandes festas, quando então, começava com um sacrifício; podia também ser realizada particularmente. Mais tarde, dos costumes antigos, permaneceram apenas as invocações e libações, e a cerimônia da ablução dos pés e mãos. A ceia, geralmente se realizava depois do pôr-do-sol e, entre os gregos e romanos, do Império, nas comemorações das grandes datas, começava às primeiras horas da noite, quando ia até ao amanhecer. Foi durante a Última Ceia Pascal que, Jesus escolheu dois elementos da ceia pascal o vinho e o pão para simbolizar seu sacrifício e instituiu uma outra Ceia, chamada de «Ceia do Senhor [Jesus]» (Mat 26.17-28; 1Cor 11.20), ou «Mesa do Senhor [Jesus]» (1Cor 10.21). Agostinho costumava chamar a Ceia do Senhor Jesus de «a mesa de Cristo», ou então «a grande mesa».
A ceia Cristã e diferente, porque, o cordeiro e Jesus e não mais um animal.

ORIGEM DA CEIA
Para quem pensa que a santa ceia e ceia da páscoa começaram no povo Judeu está completamente errado. Porque, antes mesmo da existência do povo Judeu já existia a ceia religiosa conhecida como a ceia dos deuses onde o religioso acreditava que se alimentava de um deus para obter poderes divinos.
O termo para essa ceia no grego é teogagia que vem do grego antigo Theos fagein, sinificando comer ou se alimentar de deus. Esse ritual religioso que consiste no consumo de um alimento considerado divino, de acordo com a identificação simbólica com a própria divindade.
A teogagia era a prática de comer o corpo de um deus. Isso às vezes é realizado simbolicamente através da ingestão de um alimento ou material simbólico do deus. Nos rituais de fertilidade, o grão colhido pode ser ele próprio o deus renascer da vegetação. Esta prática tem origem em muitas religiões antigas. Dionísio e muitos exemplos são documentados em The Golden Bough por Sir James George Frazer (1854-1941).
O podemos dizer é que tal pratica começou no jardim do Edem onde Abel sacrificou a Deus um cordeiro e Caim pensando que seu irmão além de receber os favores de Deus também receberia poderes, com inveja o matou. Gênesis 4:4. Foi deste ato de Abel que surgiu a teogagia e não a santa ceia desta pratica.

A INSTITUIÇÃO DA SANTA CEIA DO SENHOR
A Igreja de Jesus Cristo tem como dever e obrigação em dar prosseguimento às «ordenanças» ou ritos «sacramentais». Tendo em vista; a sua instituição por Cristo, Sua ordem expressa relativa a sua continuação e, seu uso essencial como símbolos dos atos divinos, que são partes integrantes na revelação do Evangelho. Tais sacramentos ou ordenanças estão ligados com a circuncisão e com a Páscoa judaica, os ritos obrigatórios do A.T. (Gên 17.12; Êx 12.14,24; Lev 12.3; Jos 5.4,10; Luc 1.59; 2.21; Col 2.11,12; 1 Cor 5.7). A vida cristã está associada, em seus primórdios e, em sua continuação, à observância dos sacramentos. Tanto a Santa Ceia como o Batismo em Água, ambos desde os primeiros passos da Igreja de Cristo, estão associados com a proclamação do Evangelho. Atos 2.38,41; 1Co 10.1-4, 11.26. As ordenanças estão realmente associadas no ensino de Jesus, quando Ele fala sobre a sua morte e, na mente da Igreja quando relembra suas solenes obrigações.

As ordenanças são ritos próprios da Nova Aliança, «Este é cálice da Nova Aliança» (Luc 22.20; 1 Cor 11.25). A Nova Aliança teve início pelo sangue de Cristo (Êx 24.8; Jer 31.32; Heb 9.14,15). As bênçãos Divinas são transmitidas por intermédio de Seu sacrifício, de Sua Palavra, Sua promessa no Evangelho e, na observância das Ordenanças, devidamente apropriados pela fé, é verdade que não podemos nos apegar somente nos dois ritos como se isso fosse tudo. Contudo, estas ordenanças, quando administrados de conformidade com os princípios estabelecidos pelos santos Apóstolos de Jesus Cristo, isto é, de acordo com a Doutrina dos Apóstolos, nos faz relembrar continuamente a grande base da nossa salvação, a saber, Jesus Cristo, em sua morte e ressurreição, e também nos faz lembrar que temos de andar de modo digno, segundo a vocação, mediante a qual fomos chamados (Efés 4.1). A Igreja do Senhor Jesus Cristo, deve levar muito a sério a ênfase e a instrução bíblica sobre as duas ordenanças, «o Batismo em Água» e a «Ceia do Senhor Jesus Cristo» e, regozijar-se, porque o seu significado continua sendo tão relevante e aplicável como era para a Igreja de Cristo, no primeiro século. Contudo, é preciso que a Igreja de Cristo dos dias atuais, siga nos mesmos trilhos da Igreja Primitiva.

QUANDO CELEBRAR A CEIA
Atualmente as denominações cristãs, têm por costume, celebrar a «Ceia» durante o dia, ou seja, durante o período diurno. Todavia, esta é uma prática incorreta, que confronta com a Bíblia, compare: Primeiro: A Ceia pascal dos judeus somente era (e ainda é) comida durante o «período noturno» do dia 15 de Nisã, ou seja, após o pôr-do-sol do dia 14 (Êx 12.8). A Última Ceia pascal em que Jesus celebrou com os Seus discípulos, foi «na noite» do dia 15 de Nisã, aliás, não há nenhuma evidência bíblica que venha a apontar sobre uma Ceia pascal realizada durante o «dia», isto é, durante o período de claridade; e, nem tão pouco pode haver tal evidência. Segundo: Uma vez que a palavra «ceia» significa «refeição noturna», como todos sabem, então, é algo extremamente discordante, sem fundamento, sem ética celebrá-la «durante o dia» (período diurno). Se for celebrada «durante o dia», então «não é ceia» de modo algum, mas, podendo ser «o café da manhã» ou «o almoço» e assim por diante, mas não uma «Ceia». Uma Ceia não é celebrada durante o dia, tão somente durante à noite. Portanto, fica manifesto, que a Ceia do Senhor Jesus Cristo, só deve ser celebrada durante o período noturno (de noite), e nunca no período diurno (de dia). Caso contrário, como já dissemos, não poderemos considerá-la e, nem tão pouco é uma Ceia. Não faz sentido celebrar uma Ceia durante o dia. Lembrando, os que insistem em celebrar a Ceia durante o período diurno, ignoram a realidade e propósitos contidos nela.

Jesus celebrou a Páscoa com seus apóstolos, dispensou Judas Iscariotes e, em seguida, instituiu a Ceia do Senhor. Essa ceia substituiu a Páscoa judaica e, portanto, deve ser celebrada em memória de seu sacrifício na cruz por nós. Quando se diz em memória significa a todo tempo, não só uma vez por ano, mas, sempre! Porque, é em memória do que Jesus fez por nós na cruz.

REPRESENTAÇÃO DA CEIA
A ceia do páscoa em Israel é composta da carne do cordeiro sacrificado, além do pão ázimo, e de ervas amargas. As ervas amargas representam os dias de sofrimento no Egito, enquanto o pão sem fermento representa a pressa dos hebreus em deixar aquele lugar.
Já a Ceia da igreja, nos remete a última ceia de Jesus, não tinha estes elementos. Havia, sim, o pão, que o texto bíblico não informa se levedado ou não, além do vinho, algo que não faz parte da ceia da páscoa.

Como Jesus é Judeu e foi criado como Judeu no rigor da lei provavelmente comeu a Páscoa, e certamente na mesa haveria estes elementos, as ervas amargas, o cordeiro e o pão sem levedura. Em Mateus 5:17 o próprio Jesus afirma: Não cuideis que vim destruir a Lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir, e se estivesse cumprindo a Lei, tais elementos estariam à mesa. Porém, há muita discussão a esse respeito; se tinham ou não os elementos da páscoa em sua mesa, o que nos faz concluir que se caso houvesse tais elementos, Jesus só destacou o pão e o vinho como sendo seu corpo e seu sangue. Assim sendo, apesar de ser a ceia da páscoa, conforme a informação de João, Jesus instituiu a ceia cristã com seu corpo e sangue sendo representado em dois elementos da ceia pascoal, que é o vinho e o pão sem fermento. Na verdade a ceia aponta para o sacrifício de Jesus na cruz sendo Jesus o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, seu corpo é o pão e seu sangue é vinho e as evas amargas nosso luto e dor pelo Seu sofrimento na cruz e pão sem fermento representa o corpo de Jesus sem pecado.

A Santa Ceia representa o sacrifício de Jesus por nós na cruz. Jesus mandou tomar a Ceia para lembrar o que Ele fez por nós. Quem toma a Ceia do Senhor está mostrando que aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus pecados.
É fácil esquecer o milagre de Jesus no cotidiano. A Santa Ceia é um momento para lembrar de novo que Ele morreu por você. É um tempo para refletir e agradecer Seu sacrifício e colocar as coisas em perspectiva.

A PREPARAÇÃO DA CEIA
Quatro textos registram os pormenores da primeira "Ceia do Senhor". Três destes relatos estão nos evangelhos (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:19-20) e o outro está em 1 Coríntios 11:23-26. Podemos aprender como Jesus e os apóstolos celebraram a ceia comparando estes relatos. Por favor, pare uns poucos minutos para ler cada uma destas quatro passagens, antes de continuar este estudo. Observe as minúcias:

O propósito: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11:26). A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2:1-2) em nossas mentes.

A SIMBOLOGIA
Os símbolos: Jesus usou dois símbolos para representar seu corpo e seu sangue. É claro que ele não ofereceu literalmente seu corpo (que ainda estava inteiro) nem seu sangue (que ainda estava correndo através de suas veias). Ele deu aos discípulos pão sem fermento para representar seu corpo e o fruto da videira (suco de uva) para representar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele não deixou dúvida sobre a relação deste sacrifício com nossa salvação: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mateus 26:28).
A ordem: Quando comparamos estes quatro relatos, podemos também ver a ordem na qual a ceia foi observada. Jesus primeiro orou para agradecer a Deus pelo pão e então todos o partilharam. Ele orou de novo para agradecer ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, ele chamou especial atenção para cada elemento da ceia.
Jesus Cristo instituiu essa celebração na noite da Páscoa judaica de 33 EC. A Páscoa era comemorada apenas uma vez por ano, no 14.° dia do mês judaico de nisã. Para calcularem essa data, os judeus evidentemente esperavam pelo equinócio da primavera. Esse é o dia em que há cerca de 12 horas de claridade e 12 de escuridão. A primeira lua nova observável mais perto do equinócio da primavera marcava o primeiro dia de nisã. A Páscoa começava 13 dias depois.

A LITURGIA DA CEIA
O Evangelho de Mateus relata: “Jesus pegou um pão e, depois de proferir uma bênção, partiu-o e deu aos discípulos, dizendo: ‘Peguem, comam. Isto representa o meu corpo.’ E, pegando um cálice, ele deu graças e o deu a eles, dizendo: ‘Bebam dele, todos vocês, pois isto representa  o meu “sangue do pacto”, que será derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados.’” — Mateus 26:26-28.

Alguns acreditam que o pão se tenha tornado literalmente a carne de Jesus, e o vinho, o sangue. No entanto, o corpo físico de Jesus ainda estava intacto quando ele ofereceu esse pão. Será que os apóstolos comeram realmente a carne literal de Jesus e beberam seu sangue? Não, pois isso seria teogagia ou ainda canibalismo e assim uma violação da lei de Deus. Gênesis 9:3, 4; Levítico 17:10. De acordo com Lucas 22:20, Jesus disse: “Este cálice representa o novo pacto com base no meu sangue, que será derramado em seu benefício.” Será que aquele copo se tornou literalmente “o novo pacto”? Isso seria impossível, visto que um pacto é um acordo, não algo tangível.

Assim, tanto o pão como o vinho são apenas símbolos. O pão simboliza o corpo perfeito de Jesus. Ele usou um pão que havia sobrado da ceia da Páscoa. Esse pão era feito sem fermento, ou levedura. (Êxodo 12:8) A Bíblia muitas vezes usa o fermento como símbolo de pecado ou corrupção. O pão, portanto, representa o corpo perfeito que Jesus sacrificou. Era sem pecado. Mateus 16:11, 12; 1 Coríntios 5:6, 7; 1 Pedro 2:22; 1 João 2:1, 2.

O vinho tinto representa o sangue de Jesus. Esse sangue torna válido o novo pacto. Jesus disse que seu sangue foi derramado “para o perdão de pecados”. Os humanos podem assim tornar-se puros aos olhos de Deus e ser admitidos no novo pacto com Jeová. Hebreus 9:14; 10:16, 17. Esse pacto, ou contrato, abre a oportunidade para 144 mil cristãos fiéis irem para o céu. Ali servirão como reis e sacerdotes para a bênção de todos os humanos obedientes. Gênesis 22:18; Jeremias 31:31-33; 1 Pedro 2:9; Apocalipse 5:9, 10; 14:1-3.

Em resumo, a ceia do Senhor foi instituída para simbolizar e comunicar seis importantes verdades:
1º – Um memorial para lembrar-nos a verdade central do cristianismo.
2º – A comunhão da igreja, o corpo de Cristo;
3º – Um culto em que o crente examina seu andar com Cristo;
4º – Um culto de gratidão pela salvação (v. 24);
5º – Um testemunho da morte de Cristo (v. 26);
6º – Um culto de esperança

A CERIMÔNIA DA CEIA
A verdadeira Cerimônia da Santa Ceia deve ser acompanhada pelo “Lava-pés”. Se uma igreja não usa esta cerimônia, sua comemoração da Santa Ceia não está “completa”, como Jesus ensinou. Mas qual a importância do Lava-pés? Vejamos:

A cerimônia do Lava Pés foi instituída pelo Senhor Jesus para fazer parte da Santa Ceia, que deve ser comemorada até que Jesus volte (1 Coríntios 11:26). Podemos encontrar este ensinamento no Evangelho de João capítulo 13, versos 1-10. Mas qual seu significado? No verso 10 lemos: “Declarou-lhe Jesus: quem já se banhou (foi batizado) não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais está todo limpo…” Podemos ver que o lava Pés é um mini batismo. Mas porque precisamos dele? Porque na vida tropeçamos e caímos. Temos de constantemente sermos purificados de nossos pecados, e a cerimônia do lava-pés é uma oportunidade para isso.

Antes da realização da ceia, Jesus levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo (João 13:4-8).
Depois que levantou do lugar onde estava, Jesus pegou uma toalha e foi lavar os pés dos discípulos. Ao aproximar-se de Simão Pedro para fazer o mesmo, Pedro não queria aceitar. Sabe o que Jesus disse? Leia o verso 8: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo”. Ao ouvir esta declaração, apavorado Pedro exclamou: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”. A Bíblia diz que se não aceitarmos participar, não temos parte com Jesus, pois estamos demonstrando que não possuímos o caráter humilde de Cristo.
Os Cristãos primitivos também realizavam o Lava-pés. Em l Timóteo 5:10 encontramos a orientação de Paulo a Timóteo para que dê cargos na igreja somente para as viúvas que já “lavaram os pés dos santos”. Vemos aqui a importância desta instituição na vida de um crente, pois demonstra a autenticidade da conversão efetuada em sua vida.

Deus tem dois principais propósitos ao instituir o Lava Pés: Nos purificar dos pecados; somos purificados, porque ao participarmos demonstramos fé no sacrifício de Jesus;
Desenvolver em nós a humildade.
Quando lavamos os pés de nosso irmão, estamos dizendo que não somos maior que ele. O Senhor disse: Ora, se eu sendo o Senhor e o mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. João 13:14. Isso faz com que aprendamos a ser mais humildes, preparando-nos assim, para irmos para o céu.
Porque eu vos dei o exemplo, para que como eu vos fiz, façais vós também. João 13:15. Estás disposto a seguir o exemplo de Cristo? Então procure a igreja que pratica esta cerimônia feita pelo Senhor, e verás que Deus irá lhe abençoar ricamente. Lembre-se do que nosso Salvador disse: Ora, se sabeis estas coisas, bem- aventurados sois se as praticardes. João 13:17.

CONTINUA...

SHALOM ADONAY

José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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