ANGELOLOGIA, A DOUTRINA DOS ANJOS
ANGELOLOGIA, A DOUTRINA DOS ANJOS |
Teologicamente Angelologia se
constitui, uma doutrina específica
dentro do contexto daquilo que
denominamos de Teologia
Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características,
natureza moral e atividades dos anjos.
Como já foi dito e repito Angelologia
é o estudo dos anjos. Hoje em dia existem muitos pontos de vista sobre os anjos
que não se alinham com a Bíblia. Alguns acreditam que os anjos são seres
humanos que morreram. Outros acreditam que os anjos são fontes impessoais de
poder. Outros ainda negam a existência de anjos inteiramente. A bíblia discorda
plenamente destas ideias, nós através da Angelologia iremos corrigir essas
falsas crenças. Afinal, a Angelologia nos ensina o que a Bíblia diz sobre os
anjos. É um estudo de como os anjos se relacionam com a humanidade e servem os
propósitos de Deus.
A angelologia é uma das mais difíceis
doutrinas encontradas nas Escrituras Sagradas. E por sua dificuldade tende a
ser por muitos negligenciada. Contudo, dada sua importância devemos dar a este
assunto valor, pois anjos são ministros da providência de Deus.
A palavra de Deus é a única fonte de
informação que merece confiança, e que possui respostas para estas perguntas.
Ela deixa claro que há outra classe de seres superiores ao homem. Esses seres
habitam nos céus e formam os exércitos celestiais, a inumerável companhia dos
servos invisíveis de Deus. Esses são os anjos de Deus, os quais estão sujeitos
ao governo divino, e o importante papel que têm desempenhado na história da
humanidade torna-os merecedores de referência especial. Existem também aqueles,
pertencentes a mesma classe de seres, que anteriormente foram servos de Deus
mas que agora se encontram em atitude de rebelião contra seu governo.
A doutrina dos anjos segue logicamente
a doutrina de Deus, pois os anjos são como já dissemos os ministros da
providência de Deus. Essa doutrina permite-nos conhecer a origem, existência,
natureza, queda, classificação, obra e destino dos anjos.
Os Anjos não são humanamente visíveis,
cremos na veracidade da sua existência e cremos em tudo quanto a Bíblia afirma
a seu respeito. Há um processo ordenado na história da criação que apresenta-se
em três fases distintas como segue:
A criação das coisas espirituais e a origem dos anjos
A criação das coisas espirituais e a origem dos anjos
A época de sua criação não é indicada com
precisão em parte alguma, mas é provável que tenha se dado juntamente com a
criação dos céus (Gn 1:1 ). Pode ser que tenham sido criados por Deus
imediatamente após a criação dos céus e antes da criação da terra, pois de
acordo com Jó 38:4-7, rejubilavam todos os filhos de Deus quando Ele lançava os
fundamentos da terra. Que os anjos não existem desde a eternidade é mostrado
pelos versículos que falam de sua criação ( Ne 9:6 , Sl 148:2,5; Cl 1:16 ).
Embora não seja citado número definido na Bíblia, acredita-se que a quantidade
de anjos é muito grande ( Dn 7:10; Mt 26:53; Hb 12:22 ).
Jó 38:1 - 7 Deus ao responder para Jó,
que, quando os anjos foram criados nem o mundo material havia sido criado.
A criação das coisas materiais.
A criação material abrange todo o
universo onde sua extensão nos dá uma visão da grandeza de Deus.
A criação da vida sobre a terra.
Deus formou o homem com uma vida
material em combinação com o imaterial. Os anjos são apenas seres espirituais e
os homens são seres espirituais e materiais.
O termo Anjo
A palavra portuguesa anjo possui
origem no latim angelus , que por sua
vez deriva-se do grego angelos . No idioma hebraico, temos malak . Seu
significado básico é "mensageiro" designando a idéia de ofício de mensageiro.
O grego clássico emprega o termo
angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no
lugar daquele que o enviou.
No AT, onde o termo malak ocorre 108
vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de
Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne
9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores
(1Rs 19:5), transmitem a vontade de Deus
(Dn 8:16,17)), obedecem a vontade
de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de Deus (Nm
22:22), e celebram os louvores de Deus
(Jó 38:7; Sl 148:2).
No NT, onde a palavra angelos aparece
por 175 vezes, os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros
de Deus. Funções semelhantes às
do AT são atribuídas a eles,
tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11; Hb
1:6), são espíritos ministradores
(Lc 16:22; At 12:7-11; Hb 1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt
2:13,20; At 8:26), obedecem a
vontade dEle (Mt 6:10), executam os Seus
propósitos (Mt 13:39-42), e celebram os louvores de Cristo
(Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão
vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc
2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e
Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1:11).
Em ambos os testamentos o termo "
ANGELLOS" tem o significado de MENSAGEIROS DE DEUS.
Nomes aplicados aos Anjos
O termo anjo aplica-se a todas as ordens
dos espíritos criados por Deus (Hb 1.14). Existem muitas outras citações
similares com outros apelativos que expressam o mesmo significado.
O termo Anjo expressa todo ser
celestial criado por Deus.
Gênesis 3:24 - Querubim
Gênesis 18:2 - Varão
Josué 5:13 - 15 - Príncipes
Isaías 6:2 - Serafim
Jó 1: 6 - Filhos de Deus
Salmos 104:4 - Ministros
Efésios 1: 20-21 - Principados
Potestades Domínios
Hebreus 1:14 - Espíritos Ministradores
Judas 9 - Arcanjo
Eles exercem atividades importantes no
mundo espiritual, mas não são independente nessas atividades, pois as fazem
dentro dos limites a que foram criados.
A Bíblia fala da manifestação dos
anjos na obra da criação do mundo físico (Jó 38.6,7). Eles estavam presentes
quando Moisés recebeu de Deus as tábuas da Lei (Hb.2.2);
No nascimento de Jesus (Lc 2.13); Na
ressurreição de Cristo (Mt 28.2; Lc 24.4,5); na ascensão de Cristo (At l.10).
Quando foram servir ao Senhor Jesus no deserto da tentação (Mt 4.11).
Sua manifestação é incorpórea; eles
são seres espirituais e morais. A realidade dos anjos se comprova mediante os
atributos de personalidade que eles demonstram falando, pensando, sentindo e
decidindo.
Entretanto, os demônios, que são anjos
caídos da graça de Deus, tomam para se incorporarem corpos de pessoas vivas ou
de animais, e por essas possessões materiais, se manifestam. Os anjos de Deus
não tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas
humanas visíveis para se fazerem manifestos. (I Cor. 15:40 - 44)
Anjos não são meros espíritos sem
corpos. Como podemos saber através da declaração do Nosso Senhor de que os
filhos da ressurreição serão iguais aos Anjos.
São revestidos de corpos espirituais
tais como os que nos são prometidos se formos havidos por dignos de alcançar a
ressurreição (Fil. 3:21). O corpo espiritual corresponde ás necessidades da
vida espiritual. No arrebatamento o nosso corpo não será o mesmo corpo terreno
e corrupto mas espiritual que participará da natureza espiritual.
Existem anjos bons e maus.
Na criação original dos anjos, não
houve essa classificação entre bons e maus. A Bíblia declara que os anjos foram
criados no mesmo nível de justiça bondade e santidade (2 Pe 2.4; Jd 5).
O que define entre bons e maus é o
fato de que foram criados como seres morais com livre-arbítrio, e daí, a
liberdade de escolha consciente entre o bem e o mal. A queda de Lúcifer deve-se
a esta condição moral dos anjos (Is 14.12-16;Ez 28.12-19).
A Bíblia fala acerca dos anjos que
pecaram contra o Criador e não guardaram a sua dignidade (2 Pe 2.4; Jd 6; Jó
4.18-21). Aos anjos que não pecaram e não seguiram a Lúcifer, Deus os exaltou e
os confirmou em sua posição celestial e para sempre estarão na sua presença,
contemplando e executando a vontade do Criador (1 Tm 5.21; Mt 18.10).
A habitação dos anjos.
Ao estudarmos as várias classes
angelicais, entendemos que estas são distintas por várias atividades e se
manifestam no vastíssimo espaço das "regiões celestiais". A Bíblia
declara ainda que os anjos de Deus são organizados em milícias espirituais que
povoam os céus e são distribuídos em distintas ordens e graus (Lc 2.13; Mt
26.53). Trata-se, portanto, de uma habitação numa dimensão celestial.
O número de anjos.
A quantidade existente de anjos é
única e incontável, porque desde que foram criados não foram aumentados nem
diminuídos. Eles não procriam e foram criados de uma vez pelo poder da Palavra
de Deus. (Marcos 12:25)
O propósito do sexo é a reprodução do
ser humano, essa necessidade não existe no meio celestial, portanto são
assexuados ou seja não possuem sexo.
A Bíblia utiliza expressões variadas
para designar "milhares de milhares ", "multidão dos exércitos
celestiais ", "muitos milhares de anjos" (Ap 5.11; Dn 7.10; Dt
33.2; Hb 12.22; Lc 2.13). É impossível determinar o número de anjos porque é
incontável e é o mesmo número em todos os tempos, desde que foram criados (Sl
148.2-5).
Eles foram criados em multidões que
ultrapassam nossa imaginação.
Os Anjos são filhos de Deus numa
condição original, visto que Deus os criou. (Col. 1:16)
Esta passagem nos traz informações de
que há no mundo invisível grande variedade de seres celestiais, da qual nosso
mundo visível é uma pálida reprodução, ou seja Deus não criou somente uma
classe de Anjo.
A natureza geral dos Anjos
Os anjos são criaturas.
No princípio de todas as coisas, antes
da criação do mundo físico, Deus criou os anjos. A expressão "exército do
céu", dependendo do contexto, pode ter duas interpretações. Em Gênesis
2.1, Salmos 33.6 e Neemias 9.6, refere-se aos anjos.
É impossível fixar o tempo em que
foram criados os anjos, mas a resposta de Deus a Jó declara que eles foram
criados antes de todas as outras coisas(Jó 38.4,7)
Os anjos são seres espirituais.
Os corpos espirituais não possuem
limitações físicas, por isso a "lei da gravidade" não exerce qualquer
influência ou poder sobre coisas espirituais. Por serem superiores à matéria,
os anjos podem tomar formas humanas para se fazerem perceptíveis aos sentidos
físicos do homem, se houver necessidade. Não sofrem ação da natureza (Juízes
13:19 - 20)
Hebreus 1:14 Não são porventura todos
eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de
herdar a salvação? Não envelhecem Marcos 16:5. Porque não envelhecem? Não
sofrem a ação do tempo. Várias aparições de anjos feitas a Abraão, Ló, Jacó,
Josué, Pedro e Paulo são exemplos indiscutíveis da Bíblia(Gn 18.1-10; 28.10-22
etc.) Ainda em nosso tempo, os anjos aparecem aos servos de Deus na terra.
Os anjos são seres poderosos.
O salmista os descreveu como
"valorosos em poder" que executam as ordens de Deus e lhe obedecem
(Sl 103.20) .
II Pedro2: 11 Enquanto os Anjos, sendo
maiores em força e ...
Quando os pais de Sansão levantaram um
altar ao Senhor, um anjo desceu sobre as chamas do altar sem sofrer qualquer
dano(Jz 13.19,20).
Um só anjo matou a 185 mil soldados do
exército assírio (Is 37.36). Um só anjo destruiu com fogo as cidades de Sodoma
e Gomorra (Gn 19). Um só anjo removeu a pedra do sepulcro onde Jesus foi
sepultado, quando se exigia vários homens para remover aquela enorme pedra(Mt
28.2) Embora os anjos tenham poderes, eles são limitados (2 Sm 24.16; Ap
18.1,21; Gn 19.13).
Seus poderes sobrepujam grandemente
aos dos homens, entretanto estes poderes são estritamente limitados.
Poder sobrenatural Atos 12:7 - 10;
Mateus 28:2; II Reis 19 :35
Poder sobre a natureza Apocalipse 7:;
Apocalipse 14 :18; Apocalipse 16:5
Os anjos são seres pessoais.
Na experiência com os homens, os anjos
falam, orientam, ouvem e determinam. A Bíblia dá a entender que os anjos
possuem uma inteligência superior à dos homens, mas não igual ou superior à de
Deus (2 Sm 14.20; 1 Pe 1.12) Dotados de sentimentos, anjos podem experimentar
emoções quando rendem culto a Deus (Sl 148.2) .
Eles conhecem suas limitações e se
contentam com tudo o que fazem e podem fazer (Mt 24.36).
Os anjos são seres imortais.
Os homens podem morrer, mas os anjos são
espíritos imortais (Lc 20.34-36). Significa que eles não estão sujeitos à
dissolução, ou putrefação orgânica, visto que seus corpos são imateriais. A
imortalidade deriva da pura espiritualidade.
N.B. Imortalidade é diferente de
Eternidade.
O propósito da criação dos Anjos
Características especiais
Não foram criados porque Deus não
tinha o que fazer. Ocupam um lugar especial no seu propósito. Vejamos algumas
das ações dos anjos, que mostram para que foram eles criados:
4.1 – Os anjos foram criados para
darem glória , honra e ações de graça a Deus. Vejamos o Salmo 148.1-2.
4.2 – Os anjos foram criados para
adorarem a Cristo: Hebreus 1.6. Eles cuidaram de Jesus: Mateus 4.11 e Lucas
22.43-44.
4.3 – Os anjos cumprem os propósitos
divinos. Eles protegem o povo de Deus (Dn 12.1), lutam contra Satanás (Jd 9 e
Ap 12.7). Anunciaram desígnios de Deus: Lucas 1.11-17, 1.26-38.
4.4 – Eles levam os salvos à presença
de Deus: Lucas 16.22.
4.5 – Eles virão com Jesus, para
efetuar juízo: 2 Tessalonicenses 4.16 e Judas 14-15.Características especiais
O Senhor deu aos anjos conhecimento,
poder e mobilidade mais elevados do que aos homens. Por esses elementos
descobrimos algumas características especiais capazes de fazer-nos compreender
alguns aspectos da revelação bíblica e das relações pessoais com os homens.
Santidade No Apocalipse, os anjos são
identificados como santos. Isto implica em que eles foram colocados em estados
eterno de santidade (Ap. 14.10).
Outros textos das Escrituras os
identificam como "santos" (Mt 25.31; Mc 8.38; Lc 9.26; At 10.22) para
os distinguir dos anjos caídos Jo 8.44 e 1 Jo 3.8-10.
Reverência Uma das características
principais das atividades angelicais é o louvor e a adoração (Sl 29.1,2; 89.7;
103.30; 148.2). Jesus declarou que os anjos de Deus sempre estão na presença do
Pai e vêm a sua face (Mt 18.10).
De modo geral, todos os anjos de Deus
o louvam e o adoram, mas há uma classe específica das hostes angelicais cuja
função principal é louvar e adorar a Deus. Reverência é respeito e veneração
marcado pelo temor. Esse temor não é medo, mas significa reconhecimento do poder
superior de Deus. Serviço.
O autor da Epístola aos Hebreus
denomina os anjos de "espíritos ministradores" (Hb 1.14), indicando
que eles exercem serviços especiais aos interesses do Reino de Deus.
Os anjos executam a vontade de Deus O
próprio sentido da palavra "anjo" é mensageiro. Portanto, é função
precípua dos anjos servir aos interesses de Deus, obedecendo-lhe em toda a sua
soberana vontade. Mais uma vez o autor de Hebreus indica essa função angelical
de serviço quando diz: "Ainda quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus
anjos faz ventos e a seus ministros labaredas de fogo"(Hb 1.7). Os
escritor sagrado os destaca como "ministros" para identificar o
serviço que prestam a Deus em favor dos santos em Cristo.
Os anjos cuidam e protegem os fiéis Há
um texto nos Salmos que declara que "o anjo do Senhor acampa-se ao redor
dos que o temem e os livra"(Sl 34.7). Elias, ameaçado de morte pela rainha
Jesabel, mulher de Acabe, precisou fugir da cidade para escapar com vida. Elias
fugiu para o deserto e assentou-se debaixo de uma pequena árvore chamada
zimbro. Estava triste e decepcionado, por isso, pediu a morte. Deitado debaixo
daquele zimbro, veio um anjo da parte de Deus e o tocou e lhe disse:
"Levanta-te e come. E olhou, e eis que à cabeceira estava um pão cozido sobre
brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu e tornou a deitar-se. E o anjo
do Senhor tornou segunda vez, e tocou-o, e disse: Levanta-te e come, porque mui
comprido te será o caminho"(1 Rs 19.5-7)
Os anjos punem os inimigos de Deus Os
inimigos de Deus agem de muitas maneiras, mas nada passa despercebido pelo
Senhor. Houve um rei da Assíria, chamado Senaqueribe, que desafiou ao Deus de
Ezequias, rei de Judá. Imediatamente Deus enviou um anjo poderoso o qual
destruiu o exército assírio de 185 mil soldados. Para preservar o seu povo e o
seu nome, Deus puniu aqueles inimigos (2 Rs 19.35). No período dos juízos
finais da história da humanidade, os anjos serão os emissários de Deus para
executarem o seu juízo contra aqueles que rejeitam a Jesus como Salvador do
mundo e se constituem em inimigos declarados do soberano Senhor (MT 13.50).
Alguns possuem asas Êxodo25:20, Isaías
6:2-6
N.B. Na esfera espiritual as asas não
são órgãos necessários para voar. Daniel 9: 21-Atos 1: 9
Protetor II Reis 6 :17
Influenciam nos pensamentos João 13:2
Muito rápido Daniel 9:21
Não são Oniscientes Gênesis 19 :12;
Marcos 13 :32
Submisso II Samuel 24:16
Não aceitam adoração Apocalipse 19:10
Regozijam Lucas 15:7 - 10
Servem Salmo 103:20
Observam I Coríntios 4:9; Efésios 3:9
- 10
Recebem nosso espírito Lucas 16:22
Reunirão os escolhidos Mateus 24:31
O Anjo do Senhor
Outro ensino veterotestamentário de
grande importância, que por sua vez está
estritamente relacionado com as
Teofanias, são as aparições do Anjo do Senhor. Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de
sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se
constituem em Teofanias, mas especificamente Teofanias onde as
aparições de Deus se davam de forma humana.
A expressão "Anjo do Senhor" ou sua
variante "Anjo de Deus", se encontram mais de cinqüenta vezes no
AT. Portanto, é necessário algumas considerações acerca
desse personagem, que se reveste de
grande importância quando tratamos da possibilidade da Encarnação.
A primeira aparição bíblica do "Anjo do
Senhor", foi no episódio de Agar, no deserto (Gn 16:7). Outros
acontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó
(Gn 31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os
israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente em Boquim (Jz 2:1,4),
Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), Davi (1Cr 21:16), entre outros.
A Bíblia nos informa que o Anjo do
Senhor realizou várias tarefas semelhantes às dos anjos, em geral.
Às vezes, Suas aparições eram
simplesmente para trazer mensagens do Senhor Deus, como por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em
outras aparições, Ele fora enviado para suprir necessidades (1Rs
19:5-7) ou para proteger o povo de Deus de perigos (Êx
14:19; Dn 6:22).
Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os
eruditos não são e nunca foram unânimes. Entretanto, não há porque duvidar
da antiquíssima interpretação cristã de
que, nesses casos acima citados,
encontramos manifestações preencarnadas da Segunda Pessoa da Trindade.
Desejamos, portanto, apresentar a
seguir três argumentos bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que
o Anjo do Senhor é Jesus Cristo antes de
encarnado.
Josué 5:14 - Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que ele
"...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Que
diz meu Senhor ao seu servo?". Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio
Senhor (ou melhor, o Senhor
Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o anjo
(caso fosse simplesmente "um anjo") teria proibido a Josué de
adorá-lo, como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.
Jz 13:18 - Embora concordemos com o fato de
que existem controvérsias a respeito
desta passagem, reputamos a mesma como
factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o
Seu nome, Ele responde:
"...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso ?" Uma
comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do
Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o
Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.
A terceira prova escriturística que
queremos apresentar, é que no contexto
neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo "o Anjo do
Senhor" como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o
artigo definido masculino singular "o" deixa de ser utilizado, sendo
substituído pelo artigo indefinido
"um". Alguns exemplos disto, são os textos de Lc 1:11;
At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas as
ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se encontram com o artigo indefinido
"um", o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros
correlatos.
Esta substituição possui um grande
significado. Isto é, no contexto do NT,
contemporâneo ou posterior à
Encarnação, as manifestações
angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois
o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3:16).
A classificação dos Anjos
No tocante à categoria ou
classificação Angelical, as Escrituras dão testemunhos mais abundante, citando
seus postos e até funções. Cada aspecto da personalidade dos Anjos foi
estabelecido pelo Criador, isto é, cada Anjo em si mesmo se contenta com aquilo
que é.
A organização angelical abrange as
várias categorias ou classes de anjos. À semelhança das organizações políticas
existentes no mundo, com graduações e poderes maiores e menores, as cortes
angelicais também possuem a sua hierarquia. Estudaremos o assunto de um modo
genérico, mas obedecendo a uma certa ordem.
Assim sendo, como veremos os anjos seguem ordens hierárquicas
(Colossenses 1.16). Deus se mantém no céu, é o Soberano, o
Criador de todas as coisas.
Na questão dos anjos, está revelado
que eles foram criados antes do mundo que conhecemos e vivemos, eles são em
número incontável e que existe entre eles uma hierarquia estabelecida por Deus
(Jó 38.6-7; Hebreus 12.22).
As classes conhecidas de anjos seguem
o plano divino de autoridade. A classificação é: anjos, arcanjos, querubins, serafins, tronos, domínios, principados, potestades e poderes ou virtudes.
Nós analisaremos elas Paulo descreve em Colossenses 1.16 e 1ª Pedro
3.22, parte desta organização angelical que como podemos vê segue uma hierarquia distinta: tronos (thrónoi); domínios (kyrioótetes); principados (arkai);
potestades (exousiai) e poderes (dynámeis). Essa classificação refere-se à
esfera do governo, com a finalidade de distingui-los dos demais anjos que somam
exércitos e atuam diante de Deus, do Universo e do ser humano, em particular.
Na organização dos anjos, a Bíblia
fala mais: primeiros príncipes (Daniel 10.13); anjos da guarda de todos e de
crianças (Hebreus 1.14; Mateus 18.10); e, anjos eleitos (1ª Timóteo 5.21).
O princípio de autoridade que Deus criou sofreu uma tentativa de rebelião, por parte de Satanás, diante do fracasso o mesmo foi precipitado do céu. Ezequiel 28.1. Este assunto nós veremos no estudo sobre DEMONOLOGIA).
O princípio de autoridade que Deus criou sofreu uma tentativa de rebelião, por parte de Satanás, diante do fracasso o mesmo foi precipitado do céu. Ezequiel 28.1. Este assunto nós veremos no estudo sobre DEMONOLOGIA).
Há uma hierarquia
OS SERAFINS
A Bíblia dá a entender que os anjos de
Deus se acham organizados de forma hierárquica, isto é‚ numa forma de
graduação, de autoridade. Essa graduação ‚ destacada pelo tipo de atividade que
os anjos exercem em todo o Universo e na presença de Deus.
No Cristianismo a fonte primária ao
estudo dos anjos são as citações bíblicas, embora existam apenas sugestões
ambíguas para a construção de um sistema como ele se desenvolveu em tempos
posteriores. Os anjos aparecem em vários momentos da história narrada na
Bíblia, como quando três anjos apareceram a Abraão. Isaías fala de serafins; a
Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciação do futuro nascimento de
Cristo, e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a
tentação no deserto e na cena do horto das oliveiras, quando um anjo lhe
fortalecia antes da Paixão. Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos.
No Cristianismo os anjos foram
estudados de acordo com diversos sistemas de classificação em coros ou
hierarquias angélicas. A mais influente de tais classificações com 9 coros foi
estabelecida por Dionísio, o Areopagita entre os séculos IV e V, em seu livro De
Coelesti Hierarchia. Como vermos a seguir:
São Clemente, em Constituições Apostólicas, século I:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Éons, 4. Hostes, 5. Potestades, 6.
Autoridades, 7. Principados, 8. Tronos, 9. Arcanjos, 10. Anjos, 11. Dominações.
Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Dominações, 4. Tronos, 5. Principados,
6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Anjos, 9. Arcanjos.
São Jerônimo, século IV:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Dominações, 5. Tronos, 6.
Arcanjos, 7. Anjos.
Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hierarchia, c. século V:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6.
Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
São Gregório Magno, em Homilia, século VI:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Principados,
6. Potestades, 7. Virtudes, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Potestades, 4. Principados, 5. Virtudes,
6. Dominações, 7. Tronos, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Potestades, 6.
Autoridades (Virtudes), 7. Governantes (Principados), 8. Arcanjos, 9. Anjos.
São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6.
Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.
Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6.
Potestades, 7. Arcanjos, 8. Principados, 9. Anjos.
De todas estas classificações a mais
corrente, é derivada do Pseudo-Dionísio e de Tomás de Aquino, e divide os anjos
em nove coros, ordens ou hierarquias angelicais, agrupados em três tríades ou
hierarquias.
Assim sendo, podemos dizer que os anjos
seguem ordens hierárquicas (Colossenses 1.16)
Deus se mantém no céu, é o Soberano, o
Criador de todas as coisas.
Na questão dos anjos, está revelado
que eles foram criados antes do mundo que conhecemos e vivemos, eles são em
número incontável e que existe entre eles uma hierarquia estabelecida por Deus
(Jó 38.6-7; Hebreus 12.22).
As classes conhecidas de anjos seguem
o plano divino de autoridade. A classificação é: arcanjos, querubins e
serafins.
Segundo Colossenses 1.16 e 1ª Pedro
3.22, a organização angelical segue uma hierarquia distinta em cinco principais
representações: tronos (thrónoi); domínios (kyrioótetes); principados (arkai);
potestades (exousiai) e poderes (dynámeis). Essa classificação refere-se à
esfera do governo, com a finalidade de distingui-los dos demais anjos que somam
exércitos e atuam diante de Deus, do Universo e do ser humano, em particular.
PRIMEIRA HIERARQUIA:
É formada pelos Anjos que estão em
íntimo contato com o CRIADOR. Dedicam-se a Amar, Adorar e Glorificar a DEUS
numa constante e permanente frequência, em grau bem mais elevado que os outros
Coros: Serafins, Tronos e Dominações.
OS SERAFINS
O vocábulo “serafim” deve vir da raiz
hebraica “sarafh”, cuja raiz primitiva queria dizer “consumir com fogo”.
Hebraístas a traduzem como “queimadores”, “ardentes”, “brilhantes”,
“refulgentes”, “amor”, “nobres”.
O vocábulo serafim deriva do
"saraph" e significa ardente, refulgente ou brilhante, nobres ou
afogueados. Esta classe de anjos aparece uma só vez na Bíblia em Isaías 6.1-3.
Alguns escritores judeus tem procurado sustentar que os Serafins são
brilhantes.
Isaías 6:2 Os Serafins estavam acima
dele; cada um tinha seis asas com duas cobriam seus rostos, e com duas cobriam
os seus pés e com duas voavam.
Nesta escritura, os serafins estão
intimamente ligados ao serviço de adoração e louvor ao Senhor. Nesse serviço,
eles promovem, proclamam e mantém a santidade de Deus. O termo Serafim fala de
adoração incessante, do seu ministério de purificação.
Na visão de Isaías, os serafins são
representados como tendo seis asas. As asas de cada serafim tinham funções
específicas. Com duas asas cobriam o rosto, numa atitude de reverência perante
o Senhor. Com as outras duas asas cobriam os pés, falando de santidade no andar
diante de Deus, e com as duas últimas asas, eles voavam. Essa visão de seres
alados não significa que todos os anjos, obrigatoriamente, têm de Ter asas. As
asas desses serafins tinham por objetivo mostrar ao profeta a capacidade de
movimento e locomoção dos anjos para realizarem a vontade de Deus. É uma forma
materializada que os seres espirituais usam para serem compreendidos, porque,
de fato, os anjos são incorpóreos.
Isaías 6:3 E clamavam uns para os
outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; toda terra está
cheia da sua Glória.
Seu louvor constantemente é dirigido à
Trindade. Santo (Deus), Santo (Jesus), Santo (E. Santo)
Neste texto devemos observar o pronome
(nós) no verso 8.
Isaías 6:4 E os umbrais das portas se
moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumo.
A Bíblia nos apresenta ainda mais
alguns termos aplicados aos anjos.
Col. 1:16 porque nele foram criadas
todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos,
sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele
e para ele
Rom. 8:38 Porque estou certo de que,
nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem
futuras, nem potestades,
Segundo alguns teólogos a divisão
ficaria assim: Tronos, (querubins e serafins), Poderes, (domínios e potestades),
Principados, (arcanjos e anjos comuns).
Apresentaremos uma classificação
segundo a ordem dos textos Cl 1.16 e Rm 8.38 , sem nos preocupar com uma ordem
definitiva.
TRONOS
(Cl 1.16) Conforme está no original
grego, "thronoi" tem um sentido especial porque se refere a uma
classe de anjos que está diretamente ligada à majestade e soberania de Deus.
É possível que os
"querubins" estejam diretamente ligados a esse tipo de atividade
real, pois alguns textos identificam os querubins como os seres sobre os quais
Deus está assentado e reinando (I Sm. 4.4; II Rs 19.14; Sl 80.1; 99.1).
Quiséramos ser os "tronos"
de Deus! Entretanto, Deus ostenta sua glória através de nós mediante a
permanência do Espírito Santo em nosso ser.
DOMÍNIOS
(Cl 1.16) . Em algumas versões, o
termo grego "kuriothes" ou "kuriotethoi" tem o sentido de
soberania ou dominações (Ef 1.21).
A classe especial de anjos dominadores
tem como função principal executar as ordens de Deus sobre as coisas criadas.
Paulo diz que esses anjos executam as ordens divinas sob autoridade de Cristo.
Subentende-se pelo contexto
doutrinário do papel dos anjos, que essa classe denominada
"dominadores" age de forma executiva sobre o Universo e sobre
determinadas esferas espirituais.
SEGUNDA HIERARQUIA:
São os Santos Anjos que dirigem os
Planos da Eterna Sabedoria, comunicando aqueles projetos aos Anjos da Terceira
Hierarquia, que vigiam o comportamento da humanidade. Eles são responsáveis
pelos acontecimentos no Universo. Esta Hierarquia é formada pelos seguintes
Coros de Anjos: Virtudes, Potestades e Querubins.
VIRTUDES
As Virtudes são os responsáveis pela
manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada.
Seu nome está associado ao grego dunamis, significando "poder" ou
"força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21, e
seus atributos são a pureza e a fortaleza.
POTESTADES
(Cl 1.16). Potestades referem-se a
anjos especiais que executam tarefas especiais da parte de Deus. Não se trata
de poderes angelicais isolados, mas são chamados de "potestades"
porque foram investidos de uma autoridade especial. Vários exemplos se destacam
na Bíblia das ações poderosas dessa classe de anjos. Um destes anjos foi
enviado por Deus para destruir a cidade de Jerusalém e só parou sua destruição
quando Deus lhe ordenou que guardasse a sua espada (I Cr 21.15-27).
O salmista Davi destaca anjos que são
"magníficos em poder" (Sl 103.20). Isto revela que esses anjos
pertencem a uma classe de seres poderosos, mas não onipotentes. A onipotência é
atributo único do Deus Trino, por isso, nenhuma criatura jamais teve nem terá
poderes totais. A magnitude do poder dessas potestades se limita ao nível da
capacitação dada por Deus para o cumprimento de suas obrigações.
OS QUERUBINS
O vocábulo querubim ou querubins,
acha-se pela primeira vez em Gênesis 3.24. Tem raiz no verbo “querub”, que
significa “guardar”, “cobrir”, “proteger” e, também, “celestial”. A palavra “querubim”
não ocorre no grego secular; é uma transliteração do hebraico, ou aramaico, e
daí a variedade de terminação no plural.
Essa classe de anjos criados por Deus
se destaca pela ligação que eles têm com o trono de Deus. A palavra querubim,
no original hebraico "querub" , tem o sentido de guardar, cobrir.
Eles aparecem pela primeira vez na
Bíblia em Gênesis no Jardim do Éden para guardar a entrada oriental a fim de
que o homem que havia pecado contra o seu Criador não tivesse acesso ao caminho
da árvore da vida.
Gênesis 3:24 E havendo lançado fora o
homem, pôs Querubins ao oriente do Jd. Éden.
O que aprendemos acerca dos querubins‚ é que
eles possuem uma posição elevada na corte celestial e estão diretamente ligados
ao trono de Deus (I Sm 4.4; II Rs 19.15; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16). Em Ezequiel
10, os querubins aparecem cheios de olhos e o trono de Deus está acima deles.
(Significa a onividência de Deus)
A ligação dos querubins com o trono de Deus
nos ensina que eles guardam o acesso á presença de Deus.
Sua função é proteger, para que o
pecado não venha poluir a santa presença de Deus.
Novamente encontramos estes seres como
protetor sobre a arca da aliança (representa a presença de Deus) Só nos é
possível entrar no Santo dos Santos ou " Lugar Santíssimo " com o
sangue da aliança em nossas vidas (Hb 10.19-22).
Êxodo 25:20 Os Querubins estenderão as
suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles
uma de fronte da outra; as faces dos Querubins estarão voltadas para o
propiciatório.
A expressão “zoon”, encontrada no
livro de Apocalipse (4.6-11) significa “o que vive”. Diferente de “therion”,
que significa “uma fera”. Os querubins não devem ser considerados animais, e,
sim, criaturas viventes.
Antes de sua queda, Satanás era um
querubim ungido (Ezequiel 28.14,16). Andava no meio de pedras afogueadas
(Ezequiel 28.13,14). Como os outros querubins, Satanás é representado na Bíblia
pela figura de animais: a serpente no jardim do Éden, e nos livros de Isaías e
Apocalipse como um mitológico grande lagarto, um dragão (Gênesis 3.1-6; Isaías
27.1; Apocalipse 12.9; 20.2). O Querubin é ser limitado ele pensava que era o melhor Deus porque não conhecia o tinha no mais altas esferas ou hierarquias de Anjos. melhor dizendo ele só via os Anjos abaixo dele, tipo Principados, Arcanjos e Anjos. por isso ele pensava: E
tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus
exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas
extremidades do norte; Isaías 14:13. Posso até imagina o querubim subindo cheio de orgulho pensando eu sou o melhor de Deus. Agora imagine a decepção dele ao se depara com Anjos de maior grandeza que ele, sim! Os Serafins, Tronos e Dominações! Dar para imagina a sua queda? Que para piorar a sua humilhação Deus escolheu Anjos inferiores a ele para o expulsar do Céu. como está escrito: Como foi que caíste
dos céus, ó estrela da manhã, filho d’alva, da alvorada? Como foste atirado à
terra. Isaías 14:12.
Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o
dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não prevaleceram, nem mais o
seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande dragão, a antiga
serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele. Apocalipse
12:7-9. Mas, esse é assunto para DEMONOLOGIA.
Descobertas arqueológicas na Palestina
têm trazido alguma luz às representações antigas dos querubins. Em Samaria,
painéis de marfim apresentam uma figura composta com um rosto humano, corpo de
animal quadrúpede, e duas asas elaboradas e vistosas.
Em outros textos encontramos os
Querubins representando as coisas celestiais e sempre associado à Glória de
Deus.
Salmos 99:1 O Senhor reina; tremam as
nações; ele está entronizado entre os Querubins;...
Hebreus 9:5 E sobre a Arca os
Querubins da glória...
Ezequiel 9:3a, 10:2b E a Glória do
Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava...
TERCEIRA HIERARQUIA:
É formada pelos Santos Anjos que
executam as ordens do Altíssimo. Eles estão mais próximos de nós e conhecem a
fundo a natureza de cada pessoa que devem assistir, a fim de poderem cumprir
com exatidão a Vontade Divina: insinuando, avisando ou castigando, conforme o
caso. Esta Hierarquia é formada pelos: Principados, Arcanjos e Anjos.
PRINCIPADOS
(Cl 1.16). Mais uma vez aquelas
categorias especiais dos querubins e serafins se confundem com essas
classificações de tronos, domínios, principados e potestades. Por isso, é
difícil estabelecer uma ordem específica; porém, o que está revelado acerca
dessas classes de anjos nos é suficiente para entender a sua importância e o
seu ministério.
A palavra "principados" no
grego bíblico é "archai", e refere-se a uma classe de anjos que têm
poderes de príncipes. Nos reinos terrestres, os principados regem sobre
territórios pertencentes ao reino.
Podemos ver isto na história de
Lúcifer, o qual havia sido estabelecido como "querubim ungido para
proteger" e estava no monte santo antes de sua queda. Ao mesmo tempo,
parece-nos que sua posição de "querubim" é fortalecida e acrescida
por outra posição de "principado". Supõe-se que ele governava o
planeta na posição de "principado", e só perdeu essa posição quando
se rebelou contra o Criador e Senhor (Is 14.13; Ez 28.16; Ap 12.9).
Devemos também considerar um outro
"príncipe" chamado Miguel , referido na Bíblia como "um dos
primeiros príncipes" de Deus (Dn 10.13).
ARCANJOS
O termo “arch” quer dizer “sumo”,
“chefe”. Trata-se de uma categoria de anjos que exercem função superior aos
demais, a expressão designa algum poder altíssimo. Em todo o Novo Testamento,
ele aparece apenas em Judas 9 e 1ª Tessalonicenses 4.16.
Existe uma corrente de estudiosos da
Bíblia que alegam haver apenas um arcanjo, que é Miguel. Mas, embora haja
apenas uma citação bíblica, o contexto das Escrituras dá a entender que hajam
outros.
No dia do arrebatamento o Senhor será
acompanhado dos arcanjos: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e
com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” 1ª Tessalonicenses 4.16. Se
houvesse apenas um arcanjo, a preposição viria articulada “do” arcanjo, porém a
preposição é “de”, passando a ideia que haja mais de um. Pode-se observar isso
no idioma original.
Os “principados” (Colossenses 1.16),
para os escritos pós bíblicos são tipos de arcanjos. As explicações judaicas
dadas sobre este tema indicam que tais anjos têm sob suas ordens, vasto número
de seres angelicais. Naturalmente, todos estão sujeitos a Deus.
No livro de Daniel, Miguel é citado
como “um dos primeiros” e mencionado por Gabriel (10.13, 21). Na carta de
Judas, ele é citado para disputar o corpo de Moisés (versículo 9), em
Apocalipse ele aparece acompanhado de outros anjos lutando contra Satanás (12.7).
O livro de Enoque, apócrifo, dá o nome
de sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e
Remiel. Segundo é dito ali, a cada um deles Deus entregou uma província sobre a
qual reina. Os livros apócrifos não são considerados inspirados pelo Espírito
Santo. Nós analisaremos o Arcanjo Miguel e o Anjo Gabriel por serem os mais citados
na bíblia.
O ARCANJO MIGUEL
A palavra "arcanjo"
representa a mais elevada posição na hierarquia angelical. O prefixo
"arc", do grego "arch", sugere tratar-se de um chefe, um
príncipe, um primeiro- ministro.
Entre os livros apócrifos, existe o
livro de Enoque, que apresenta sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel,
Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Mas o único nome dessa lista que aparece
nos livros canônicos da Bíblia que usamos é o do arcanjo Miguel.
Judas 9 Mas o Arcanjo Miguel, quando
contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou
pronunciar juízo de maldição contra ele, mas disse O Senhor te repreenda.
Esse arcanjo se destaca biblicamente
como uma espécie de administrador e protetor dos interesses divinos em relação
a Israel) (Dn 12.1). O arcanjo Miguel‚ denominado príncipe dos filhos
de Israel porque é o guardião dessa nação.
Daniel 10:13 ... e eis que Miguel, um dos primeiros
Príncipes, veio para ajudar-me.
Miguel sempre aparece em conotação com
Israel, trazendo a imagem de um guerreiro.
Daniel 12 :1 E naquele tempo se
levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos de teu povo,
Na visão apocalíptica e escatológica
que João teve na Ilha de Patmos, o arcanjo Miguel surgirá como o grande
comandante dos exércitos celestiais contra as milícias satânicas, representadas
pelo dragão, símbolo de Satanás (Ap 12.7-12). Na vinda pessoal de Jesus Cristo,
na primeira fase de convocação dos remidos do Senhor, a escritura não dá nome
ao arcanjo, mas declara que a voz do arcanjo será ouvida pelos mortos santos,
os quais ressuscitarão e se levantarão de suas sepulturas para ir ao encontro
do Senhor nos ares (I Ts 4.16).
O ANJO GABRIEL
Lucas 1:19 E, respondendo o anjo,
disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te
e dar - te estas alegres novas.
Gabriel significa o " Varão de
Deus "
É primordialmente o mensageiro da
misericórdia e da promessa de Deus.
Ele aparece 4 vezes na Bíblia e em
todas aparece trazendo boas noticias.
Daniel 8 :16, Daniel 9 :21 -- Lucas
1:19, Lucas 1:26
Gabriel também é visto como um
Embaixador Celestial, em razão de suas aparições terem caráter especial de um
embaixador:
- Trouxe a Daniel a noticia do futuro
de Israel.
- Avisou Zacarias do nascimento de
João Batista
- Trouxe ao mundo a notícia do
nascimento de Jesus Cristo.
Gabriel é tido como um anjo de elevado
poder angelical, da mais alta confiança da corte celestial.
ANJOS
Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano, o último
degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira
tríade. A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a
seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos
seres humanos trazendo ordens divinas. São citados em vários textos místicos
judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah.
São dotados de vários poderes supernaturais,
como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres
diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e
fogo sua aparição é imediatamente
reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza. Segundo
a tradição católica os anjos(mensageiros) são designações de cargos, não de
natureza. Para Deus, apesar dos vários cargos angelicais, todos são anjos e
todos são iguais perante Ele.
Anjos recebem as ordens dos Coros
superiores e as executam. Outro aspecto que não pode ser esquecido, é o fato de
que os Santos Anjos, guardadas as devidas proporções, estão mais perto da
humanidade e por assim dizer, convivendo conosco e prestando um serviço
silencioso mas de valor incomensurável à cada pessoa. O CRIADOR inspirou o
escritor sagrado no Livro Êxodo, da Bíblia Sagrada: Eis que envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho e
te conduza ao lugar que tenho preparado para ti. Respeita a sua presença e
observa a sua voz, e não lhe sejas rebelde, porque não perdoará a vossa
transgressão, pois nele está o Meu Nome. Mas se escutares fielmente a sua voz e
fizeres o que te disser, então serei inimigo dos teus inimigo e adversário dos
teus adversários. (Ex 23,20-22).
CONTINUA...
SHALOM ADONAY
José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.
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