VICIADOS EM INTERNET - SAIBA SE VOCÊ É UM VICIADO NA NET
Se você não consegue passar um minuto desconectado das redes
sociais? Não desliga o telemóvel, Notebook, Tablet ou Computador nem quando sai
de férias? Não consegue ficar longe da sua conta de e-mail? Pois, este é o
artigo indicado para sua pessoa.
Antes de continuarmos, importa em primeiro lugar responder a uma pergunta: o que é transtorno? E o que é dependência em Internet?
Antes de continuarmos, importa em primeiro lugar responder a uma pergunta: o que é transtorno? E o que é dependência em Internet?
Para começa responderemos o que é um transtorno mental? Especialistas o definem como uma disfunção
significativa no pensamento, controle emocional e comportamento de alguém, o
que muitas vezes compromete sua habilidade de se relacionar com outros e de
administrar as várias atividades do dia a dia.
Transtorno é um substantivo masculino que significa o ato ou efeito de
transtornar sendo também sinônimo de alteração, contratempo, contrariedade e
prejuízo.
Um transtorno mental muitas vezes é descrito como um transtorno de
personalidade, ou seja, uma condição mental ou psicológica que pode afetar
várias áreas da vida de um indivíduo, como a interação social.
A revista Scientific American Brasil deste mês, janeiro de 2013, traz um artigo chamado “O Encéfalo e a Era Digital”. Sem citar estudos científicos; o que se espera de alguém que publique em uma revista como essa, seu autor, o neurocientista Jorge Quillfeldt, afirma que “o uso prolongado das redes sociais e dos videogames interativos que promove o estresse ou mesmo a dependência, análoga ao efeito das drogas.”
O embasamento científico do argumento é enunciado da seguinte maneira: “Até pouco tempo atrás essas eram meras opiniões subjetivas, mas agora começam a aparecer as primeiras evidências de estudos com usuários pesados: redução da atenção, diminuição da empatia, perda da identidade e autoestima, aumento do estresse e da depressão e diminuição da aversão ao risco, aumento da obesidade.”. Além do risco de manipulação de mente como no caso do jogo baleia azul. ( Leia meu artigo O JOGO DA BALEIA AZUL, SUAS REGRAS E SEU CRIADOR).
Desde que as pessoas se reconhecem enquanto pessoas existem a
percepção de comportamento normal, padrão e comportamento desviante. Em
diferentes momentos da história, esses comportamentos desviantes receberam
vários nomes e classificações.
Para os antigos, alguns desses comportamentos eram vistos como sinais
de deuses, tanto positivos quanto negativos. Alguns casos de esquizofrenia, por
exemplo, eram vistos como sinais de profetas.
Com a influência do cristianismo na cultura ocidental, esses mesmos
comportamentos passaram a ser vistos como sendo negativos e influenciados por
demônios. A depressão, por exemplo, dizia-se que era influenciada pelo demônio
do meio-dia. Como a Igreja tinha bastante influência na sociedade, essas
pessoas eram ou abandonadas por estarem possuídas ou eram levadas a igrejas
para serem exorcizadas.
No final da idade média e início do Renascimento, pessoas que
apresentavam esses comportamentos eram deixadas de lado pela sociedade. Eles
eram chamados de loucos e muitas vezes eram trancadas com criminosos para
afastar suas influências das pessoas ditas normais.
Com o tempo e o avanço da medicina, começou-se a perceber que esses
“loucos” não possuíam só comportamento desviante, mas apresentavam sintomas
claros que se repetiam em várias pessoas. Agora, ao invés de trancados em
cadeias com criminosos comuns, eles eram trancados em asilos e manicômios para
serem estudados e tratados. Neste ponto, passou-se a reconhecer a loucura como
doença mental.
Houve muitos avanços nestas áreas com o surgimento da psiquiatria e da
psicopatologia, como ficou conhecida a área de estudos das doenças mentais depois
de Jean-Martin Charcot, Sigmund Freud, Carl
Jung e tantos outros que através de estudos e testes psicológicos começaram as
classificações de inteligência. Com isso alguns casos classificados como doença
mental, transtornos mentais passaram a ser classificados como retardos mentais
ou déficits de inteligência. Pessoas com QI entre 80 e 120 eram consideradas
normais, pois estavam na média. Pessoas com QI abaixo de 80 eram consideradas
com atraso no desenvolvimento mental e taxadas como retardadas mentais.
Atualmente, se reconhece como transtornos mentais os problemas
classificados no DSM-IV e CID-10, como depressão, ansiedade, autismo e
esquizofrenia. Também é reconhecido o diagnóstico de atraso mental como um
déficit de inteligência, que pode ser leve, moderado, grave ou profunda.
O DSM-IV classifica os diferentes transtornos mentais nos seguintes
grupos:
Transtornos usualmente diagnosticados na lactância, infância e
adolescência, como os retardos mentais e distúrbios de aprendizagem;
Delirium, Demência, Transtornos Amnésicos e Outros Transtornos
Cognitivos;
Transtornos Mentais devido à Condição Clínica Geral, como
transtornos catatônicos e desvios de personalidade;
Transtornos Relacionados a Substâncias, como abuso de álcool ou
dependência de drogas, ou ainda transtornos induzidos por uso de substância
como abstinência de nicotina ou demência alcoólica;
Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos, como paranóia
(esquizofrenia do tipo paranóide) ou transtorno delirante;
Transtornos do Humor, como depressão ou transtorno bipolar;
Transtornos de ansiedade, como fobias ou pânico;
Transtornos somatoformes, como transtornos conversivos e
transtornos dismórficos;
Transtornos factícios, como a síndrome de Munchousen;
Transtornos
dissociativos, como anmésia dissociativa ou fuga dissociativa;
Transtornos sexuais e de identidade de gênero, como aversão sexual
ou parafilias (como pedofilia);
Transtornos alimentares, como anorexia nervosa e bulimia nervosa;
Transtornos do sono, como insônia ou terror noturno;
Transtornos de controle de impulso, como cleptomania ou piromania;
Transtornos de personalidade, como personalidade paranóica ou
personalidade obsessivo-compulsiva.
O CID-10, em seu capítulo 5 (F) dedicado aos transtornos mentais e de
comportamento, classifica-os da seguinte forma:
Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos (F00-F09),
como Alzheimer, demência vascular ou transtornos mentais devido a lesão
cerebral ou doença física;
Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa (F10-F19), como uso de
álcool ou múltiplas drogas;
Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes
(F20-F29), como esquizofrenia e psicose aguda;
Transtornos de humor ou afetivos (F30-F39), como depressão ou
transtorno bipolar.
Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o “stress” e
transtornos somatoformes (F40-F48), como transtorno obsessivo-compulsivo ou
transtorno de estresse pós-traumático;
Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a
fatores físicos
(F50-F59), como os transtornos alimentares ou disfunções sexuais ou de
sono causados por fatores emocionais;
Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto
(F60-F69), como transtornos de hábitos e impulsos.
Retardo Mental (F70-79), classificados como leve, moderado, grave
ou profundo;
Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80-F89), como
transtornos relacionados à linguagem ou ao desenvolvimento motor;
Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem
habitualmente durante a infância ou a adolescência (F90-F98), como distúrbios
de conduta ou transtornos hipercinéticos;
Transtorno mental não especificado (F99). E tantos outros que seria extenso demais descreve-lo aqui. Porém, nos focalizaremos no TDI a doença psíquica do momento.
Para mais informações sobre transtornos mentais leia meu livro A Sociedade e Seus Transtornos de cada dia.
Para mais informações sobre transtornos mentais leia meu livro A Sociedade e Seus Transtornos de cada dia.
Transtorno de dependência de
internet
Como podemos analisar existem uma grande variação de transtorno
mentais que na verdade são um conjunto de afecções psiquiátricas que modificam
o normal desenvolvimento das relações interpessoais é conhecido como transtorno
de personalidade. Os psicólogos acreditam que existem distintos factores
genéticos e ambientais podendo dar origem ao aparecimento deste transtorno, o
qual altera o padrão complexo das características psicológicas que definem um
indivíduo.
Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas
em que os traços emocionais e comportamentais de um indivíduo são muito
inflexíveis e mal ajustados. Esses distúrbios comprometem seriamente a qualidade
de vida dos pacientes, que sentem enorme dificuldade em adaptar-se a
determinadas situações e que, por isso, causam sofrimento e incômodo a eles
próprios e aos que estão por perto.
O Transtorno de dependência de internet (TDI) é um conceito
relativamente novo na psiquiatria, caracterizado principalmente pela
incapacidade de controlar o próprio uso da Internet, que ocasiona ao indivíduo
um sofrimento intenso e/ou prejuízo significativo em diversas áreas da vida.
Estar conectado é uma necessidade social, no entanto ela não deve causar
dependência e se tornar prioridade. Um estudo sobre o assunto apontou que 170
milhões de pessoas apresentam sintomas de uso excessivo do meio virtual.
A estimativa dos psicólogos é que 4% dos internautas desenvolvam a
patologia chamada Transtorno de Dependência de Internet (TDI). Gostar de usar a
internet não significa que você sofra desta patologia. O uso excessivo aliado a
outros fatores comportamentais caracterizam o problema. Segundo a proposta da
pesquisadora Kimberly Young, cinco ou mais critérios positivos são necessários
para o diagnóstico de dependência de Internet.
Sintomas
Se na década dos anos 70 a Internet não passava de um sonho, hoje esta
rede de computadores está tão enraizada no nosso dia-a-dia que até causa
dependências. E a verdade é que, nos últimos tempos, têm surgido vários
especialistas que procuram quantificar o fenômeno que diz respeito ao aumento
de viciados em Internet.
Os principais sintomas do viciado em internet são a preocupação
excessiva com a internet; necessidade de aumentar o tempo conectado (online)
para obter a mesma satisfação; exibir esforços repetidos, sem sucesso, no
controle, redução ou fim do uso da rede; sentimentos de agitação,
irritabilidade ou depressão quando tentar reduzir o uso da Internet; ficar
on-line mais tempo do que o pretendido inicialmente; pôr em risco, ou arriscar
perder, relações significativas - trabalho, oportunidades educacionais ou de
carreira - devido ao mundo virtual; mentir para família, terapeuta ou outros
com o intuito de esconder a extensão do envolvimento com a Internet; usar a
rede como meio de escape para os problemas ou para aliviar um estado de
espírito disfórico, sentimentos de desesperança,culpa, ansiedade e depressão.
Teste de Dependência da
Internet
Profissionais da área têm tratado com sucesso vários tipos de transtornos mentais. Por isso, o primeiro passo é ter uma avaliação completa de um profissional de saúde com experiência em tratar distúrbios mentais.
Antes de continuarmos, importa em
primeiro lugar responder a uma pergunta: o que é dependência? E o que é um
vício em Internet? As palavras podem ser utilizadas como sinônimos, embora o
segundo seja mais utilizado quando dele resulta um prejuízo para alguém.
Psicólogos e outros especialistas falam de vícios e dependências quando existe
uma necessidade repetida de executar um determinado comportamento. Neste caso,
aceder à Internet e estar online.
Entre os principais sintomas apresentados pelos viciados na Internet
destacam-se a incapacidade de lidar com o mundo real e de interagir sem ser por
detrás de um ecrã. Ao todo, o estudo publicado na página do Cyberpsychology,
Behavior and Social Networking analisou quase 90 mil utilizadores da Internet,
distribuídos por 31 países.
Numa perspectiva global, existem cerca de 6% de pessoas “agarradas” ao
computador, tablet ou smartphone, isso dar um total de mais ou menos 170 milhões
de pessoas. O estudo recente foi um dos primeiros a dar uma visão geral do
problema que, dizem alguns, poderá vir a ser um dos principais do século XXI.
Esse é o vicio que mais causam transtorno mentais e, nos últimos anos, tem
levantado questões sobre a segurança no ciberespaço sobre qual o tipo de acesso
que devemos permitir aos nossos filhos.
Isto porque, todos os especialistas concordam quando dizemos que os
números estão a crescer: de acordo com duas investigadoras de Hong Kong, 1 em
cada 15 cibernautas é dependente da Internet. Para surpresa de alguns, é no
Médio Oriente que se encontra um maior número de viciados em Internet (10%). Os
países do norte da Europa são aqueles onde a dependência é menor (2,8%).Profissionais da área têm tratado com sucesso vários tipos de transtornos mentais. Por isso, o primeiro passo é ter uma avaliação completa de um profissional de saúde com experiência em tratar distúrbios mentais.
Como é que pode saber se já é dependente ou se está a caminhar muito
rapidamente para ter sérios problemas? Nós transcrevemos o Teste de Dependência da Internet (TDI)
é a primeira forma validada e credível de medir o vício da utilização da
Internet. Desenvolvido pela Dra. Kimberly Young, o TDI é um questionário com 20
perguntas que mede níveis ligeiros, moderados e graves de dependência da
Internet. Entretanto isso não pode ser definitivo sem que haja uma avaliação de um profissional.
1. Com que frequência repara que está on-line mais
tempo do que tencionava?
2. Com que frequência negligencia tarefas domésticas para passar mais tempo on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
3. Com que frequência prefere estar na Internet em vez de estar com o namorado (a)?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
4. Com que frequência estabelece novas amizades com outros utilizadores on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
5. Com que frequência as pessoas que fazem parte da sua vida se queixam sobre a quantidade de tempo que passa on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
6. Com que frequência as suas notas ou trabalho escolar sofrem devido à quantidade de tempo que passa on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
7. Com que frequência verifica o correio electrónico antes de qualquer outra coisa que precise de fazer?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
8. Com que frequência o seu desempenho ou produtividade no trabalho sofrem devido à Internet?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
9. Com que frequência tem uma atitude defensiva ou de secretismo quando alguém lhe pergunta o que está a fazer on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
10. Com que frequência bloqueia os pensamentos perturbantes sobre a sua vida com pensamentos reconfortantes da Internet?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
11. Com que frequência se encontra a ansiar por voltar a estar on-line novamente?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
12. Com que frequência tem receio de que a vida sem Internet seja aborrecida, vazia e sem alegria?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
13. Com que frequência refila, grita ou fica irritado(a) se alguém o(a) incomoda enquanto está on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
14. Com que frequência perde o sono devido a estar na Internet até muito tarde?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
15 – Com que frequência fica preocupado com a Internet quando não está on-line ou fantasia com estar on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
16. Com que frequência dá por si a dizer "só mais uns minutos" quando está on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
17. Com que frequência tenta reduzir a quantidade de tempo que passa on-line e não consegue?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
18. Com que frequência tenta esconder a quantidade de tempo que passou on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
19. Com que frequência escolhe passar mais tempo on-line em detrimento de sair com outras pessoas?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
20. Com que frequência se sente deprimido(a), instável ou nervoso(a) quando não está on-line e isso desaparece quando volta a estar on-line?
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
Não se aplica
Resultados: Depois de ter respondido a todas as questões, some os
números que seleccionou para cada resposta para obter uma pontuação final.
Quanto mais alta a pontuação for, maior é o nível de dependência e os problemas
que o uso da Internet provoca. Segue a escala geral para ajudar a medir a sua
pontuação:
20-49 pontos: Você é um utilizador on-line médio. Por vezes poderá até
navegar na Web um pouco demais, no entanto, tem controlo sobre a sua
utilização.
50-79 pontos: Você está a ter problemas ocasionais ou frequentes
devido ao uso da Internet. Deve considerar o verdadeiro impacto de estar
on-line na sua vida.
80-100 pontos: A utilização da Internet está a causar problemas
significativos na sua vida. Deve avaliar o impacto da Internet e lidar com os
problemas causados directamente pela sua utilização da mesma.
Depois de ter identificado a categoria onde a sua pontuação total se
insere, olhe novamente para as questões a que deu uma pontuação de 4 ou 5.
Tinha consciência que isto era um problema significativo para si? Por exemplo,
se respondeu 4 (quase sempre) a Pergunta nº 2 relativa à sua negligência das
tarefas domésticas, estava consciente da frequência com que a sua roupa suja se
amontoa ou o quão vazio fica o frigorífico?
Digamos que respondeu 5 (sempre) à Pergunta nº 4 sobre perda de sono
devido a utilização da Internet durante horas tardias. Já parou para pensar o
quão difícil se tornou levantar-se da cama todas as manhãs? Sente-se exausto no
trabalho? Este padrão começou a afectar o seu corpo e a sua saúde em geral?
Segundo teste para saber ser você é uma pessoa viciada em Internet
Acha que
passa demasiado tempo na Internet? Há risco de ser um viciado? E qual será o
grau do seu vício? Será algo grave ou não tem de se preocupar? Se procura a
resposta a alguma destas perguntas, faça o teste que lhe deixamos abaixo. É
simples e não terá de perder mais do que apenas alguns minutos. Seria a prova dos nove para você.
Pergunta 1:
Preocupa-se
com a Internet? Isto é, pensa com frequência naquilo que fez online ou costuma
pensar naquilo que vai fazer da próxima vez que tiver acesso à rede?
Pergunta 2:
Considera
que há uma necessidade de utilizar a Internet para que se possa sentir bem
consigo mesmo?
Pergunta 3:
Já alguma
vez tentou reduzir o acesso, diminuir o número de horas ou desligar-se da
Internet, mas não teve sucesso?
Pergunta 4:
Nota
mudanças de humor, fica inquieto, irritado ou deprimido sempre que não pode
aceder à Internet?
Pergunta 5:
Sabe quando
vai só ver o e-mail em 5 minutos? Costuma ficar mais tempo do que devia por
distração?
Pergunta 6:
Costuma por
os amigos ou relacionamentos de lado para ficar online ou para ficar para ficar
em frente ao computador a jogar?
Pergunta 7:
Já mentiu ou
negou que passa demasiado tempo na Internet embora tenha consciência de que o
faz?
Pergunta 8:
Utiliza a
Internet como uma forma de fuga à realidade e para se esquecer dos seus
próprios problemas?
O Tratamento
Tanto para o TDI quanto para tudo o que causa a dependência há
tratamentos, portanto, saber usar a internet é uma questão de saúde. O vício
faz com que a pessoa viva no mundo virtual, tendo dificuldades de se relacionar
com outras pessoas fora da web. Obesidade, ansiedade, depressão, isolamento
social, angustia, distúrbios no sono, sobrepeso, também são sintomas da
patologia. Esses problemas podem afetar o indivíduo ainda no rendimento escolar
e profissional. A base do tratamento é o autoconhecimento.
Com a intenção de ajudar a todos que sofrem com o vicio da net,
elaborei algumas dicas que farão com que vocês consigam diminuir as horas
online e transferir esse tempo para as atividades intelectuais. Como sempre
digo, comece a aplica-las hoje, nada de deixar para amanhã.
1- Tenha consciência dos seus vícios
Mantenha por um dia uma folha e um lápis com você. Anote todos os
sites que foram acessados e coloque um traço ao lado do nome anotado para cada
vez que você retornar ao site durante todo esse dia. Ao final do dia será
possível saber quais são as ferramentas da internet no qual você está mais
dependente. Assim fica mais fácil enfrentar o inimigo.
2- Introduza uma pausa
O vício é algo que a gente faz automaticamente, sem pensar. A partir
de agora, cada vez que você se pegar indo checar suas mensagens, pare e faça as
seguintes perguntas: Eu realmente preciso fazer isso agora, e por quê? Não
importa se mesmo assim você acabe na frente do computador, o mais importante é
começar a ter consciência de que o problema existe.
3- Dê um tempo a cada hora
Mesmo que você esteja preso ao seu vício por todo o dia, pare por dez
minutos a cada hora de conexão. Saia de perto da máquina que te escraviza.
Caminhe por 10 minutos. Alongue o seu corpo. Faça algumas flexões de chão ou
alguns pés de chinelos. Arrume a bagunça do seu quarto. Escreva em um caderno.
Beba água. Coma uma fruta. Medite. Converse com alguém. Sei lá, faça qualquer
coisa que não seja na internet. Quando retornar ao computador, feche o
navegador e tente fazer algo não relacionado à internet por alguns minutos.
Vamos aprender algumas estratégias para vencer os vícios em geral
1- Desejo de ser livre: Gálatas 5.13 “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da
liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo
amor”.
Em primeiro lugar é se levantar e reconhecer que está no vicio e
querer ser curado aceitando ajuda para isso. A carne é fraca (Marcos 14.38),
por isso precisamos tomar todo cuidado com ela para não nos enfraquecer mais
ainda. O vício começa como uma primeira experiência e depois se torna algo que
ocupa seu tempo, gasta seu dinheiro e limita seus relacionamentos e condição
física. Ou seja, tira sua liberdade e a liberdade das pessoas ao seu redor.
Você seria capaz, por amor a sua vida e família, de deixar o vício? Jesus
Cristo quer que você seja livre!
2- Buscar prazer em Deus: Salmos 1.1,2 “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores,
antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de
noite”.
Uma alternativa possível é substituir o vício da net por outra coisa
que não seja prejudicial, como um esporte, lazer, passeio e leitura por
exemplo.
O vício da net proporciona prazer. Para suprir isso é necessário
procurar um ambiente de alegria na presença do Senhor. Isso satisfaz a vida
plenamente não deixando carências. Nunca diga que deixou o vício por que sua
religião proíbe e sim que você está satisfeito com Jesus a Água da Vida que te
sacia para sempre (João 4.11).
Você já sentiu prazer na presença de Deus? O Espírito Santo te encherá
de uma alegria que não sentirá falta de nada!
3- Não negociar com o vício: Romanos 6.13,14 “nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como
instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os
mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o
pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da
graça”.
A determinação em vencer o vício deve ser firme e inegociável. Todas
as pessoas que sofrem com vícios, dizem que têm autocontrole de quanto podem
fazer, mas não é isso que acontece na prática. Sempre tem um dia que o vício
supera as forças da pessoa. Por isso, precisamos ser radicais contra o vício e
o pecado para não sermos vencidos por ele. É como estar à beira de um abismo
(Salmos 42.7). O lugar mais seguro é bem longe dele.
Você está disposto a lutar contra os desejos da carne? Pela Graça de
Deus somos fortalecidos para resistir os vícios!
Em I Coríntios 6.12 está escrito “Todas
as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas,
mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Tenha em mente que você
não nasceu com vício e não deve morrer por causa disso. Tudo que tenta te
dominar pode se tornar algo vicioso. Tome muito cuidado com práticas que podem
se tornar algo incontrolável.
Se você já tem um vício, lembre-se que é importante desejar ser livre
até que a vontade de sair seja maior que o próprio vício. Procure encontrar
prazer em Deus de maneira que a alegria espiritual seja compensatória das
carências que o vício tanta satisfazer de maneira ilusória. Seja determinado a
vencer o pecado, não negociando ou protelando a decisão para depois.
Gostaria de ser liberto de um vício? Jesus Cristo pode e quer te
libertar!
Continua...
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