Assembléia de Deus Missão Brasil: A SÍNDROME DO TEMPLO VAZIO

quarta-feira, 12 de abril de 2017

A SÍNDROME DO TEMPLO VAZIO

OS PERDIDOS EM SI MESMO

Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.  Tiago 1.26.

A Síndrome do  templo vazio é um conjunto de sintomas e características que tendem a andar juntas e que estão relacionados com experiências prejudiciais entre pastores e pessoas da igreja que acabam traumatizada e as vezes mortas espiritualmente.

Essa síndrome começa com a igreja pensando que alguém vai fazer a obra e nada acontece. E continua sem fazer nada pensando que  haverá outro que vai se voluntariar para a tarefa, mas nada acontece. Então, se não há colaboração, certamente ninguém há de aparecer e ajudar. Mas nada! A igreja cansada de esperar imagina que tem aqueles que são os mais próximos do pastor, eles certamente vão pegar no arado. Porém, nenhum aparece nem que seja para dar desculpas. E, assim, todos do maior ao menor nada faz porque um espera pelo outro. Por que a igreja não reage e faz a obra que Deus espera que ela faça?
A resposta é que toda igreja é o espelho do seu Pastor ou líder. assim sendo, líder fraco, frio, briguento, doente e morno. Em consequência HAVERÁ UMA IGREJA no mesmo nível e com as mesmas características.
Jesus com certeza sabia sobre os nerônios espelho quando disse:  Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. João 13:15.
Paulo por inspiração Divina conclui sobre esse pensamento dizendo: Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes. 2 Ts 3:9.

Como em uma sala de espelhos, o cérebro humano reflete ações praticadas por outras pessoas. Essa é a habilidade de alguns grupos de neurônios e está relacionada ao comportamento social. Reproduzir, mentalmente, o que terceiros fazem demonstra compreensão e empatia, é por isso que ao vê alguém abrir a boca temos a vontade de abrir também. (para entender melhor este assunto leia meu estudo sobre psicopatas espirituais). A bíblia diz: Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição. Provérbios 13:20. Com certeza foi daqui que surgiu o termo: Diga-me com quem andas e te direi quem és!.
Essa máxima dos neurônios espelhos é tão real que podemos vê irmão falando, gesticulam e se parecendo igual ao seu pastor ou líder.
É por isso que digo que o pastor deve ser espelho para sua igreja e também um grande motivador da vivência da bíblia em sua vida. O seu comportamento pode influenciar a maneira como os liderados encaram o dia a dia e como se comportam também dentro da igreja, colégio, empresa e faculdade, pois suas decisões afetam diretamente as pessoas que estão sob sua liderança. No entanto, muitas vezes acontece de o pastor não se dar conta que o comportamento da igreja pode ser reflexo do seu próprio comportamento.
É possível notar a influência desse comportamento observando os liderados. Quando o pastor é integrado, está sempre com seu grupo, disposto a solucionar problemas, ouvindo sugestões, críticas e propostas, o clima de comunhão tende a ser melhor, já que os irmãos passam a evangelizar com mais motivação (pois o comportamento do pastor é um dos fatores que contribui para a desmotivação da igreja). Os resultados são melhores e os irmãos fazem a obra de Deus com mais vontade. Porém, quando o Pastor não demonstra preocupação com o que acontece com sua igreja, só sabe cobrar resultados, não sabe ouvir, usa somente a pressão e não o diálogo, acaba gerando um clima de insatisfação e desmotivação entre todos e, assim, prejudicando o alcance dos objetivos da igreja e afastando muitos irmãos ou matando espiritualmente a igreja.
Paulo escrevendo sobre exemplo pastoral disse:Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. 1 Timóteo 4:12.

É como aquele história das pessoas que viram o homem se a folgando, e, começaram a discutir como fariam para tira-lo da água.
- Uns diziam vamos jogar a corda! Alguém dizia vou me amarar na corda e me jogar na água! Não!!  Não! A corda é muito curta! Grita outro. Nesse ínterim o homem morreu a folgado.
Com certeza é isso que estar acontecendo nas igrejas com a síndrome do templo vazio. Em quanto eles discutem bíblia ou teologia as pessoas estão morrendo, indo para o inferno e igreja ficando doente e morna.

Geralmente isso acontece porque, quem nunca leu e entendeu nada não tem opinião sólida sobre nada, apenas achismo, uma opinião vazia, como diria Platão, quando fazia a diferença entre ter opinião (doxa) e conhecer algo (episteme). Conhecer demanda trabalho, conversar com outras pessoas e ler alguns livros. Na maioria dos casos, conversar com inteligência e moderação. Afinal, uma opinião vazia, qualquer um tem. E, esses na verdade são pastores, lideres e evangélicos maria vai com as outras.

Mas Tiago nos mostra que um exemplo prático da inutilidade de ouvir a Palavra de Deus, sem no entanto, praticá-la é incapacidade de controlar a língua. Ou seja, o maldizente, por mais religioso que pense ser, na verdade é vazio e cria pessoas vazias.
Pedro nos a conselha dizendo: Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos exemplo do rebanho. 1 Pedro 5:2
Isso acontece na realidade, porque os ensinamentos e as práticas religiosas vazias sem exemplo pratico , por vezes, causam sérios danos à saúde mental.
A bíblia diz: bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento. Provérbios 3:13

Conta-se a história que numa certa manhã, um homem muito sábio, convidou o filho a dar um passeio no bosque. Ao chegarem a uma clareira e depois de um pequeno silêncio o Pai perguntou ao filho:
– Além do cantar dos pássaros, estás a ouvir mais alguma coisa?
O filho apurou os ouvidos alguns segundos e responde:
– Estou a ouvir o barulho de uma carroça.
– Isso mesmo, disse o pai, é uma carroça vazia.
Pergunta o filho:
– Como podes saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora, respondeu o pai, é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Ao ler esta história, e com base na mensagem, hoje, quando vejo um pastor ou líder que falar demais, tenta intimidar, humilhar, trata as pessoas de forma inoportuna, prepotente, interromper as mensagens de outro Pastor ou líder ao querer demonstrar que é o dono da razão e da verdade absoluta, lembro-me destas palavras sábias: Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz.
Hoje a igreja moderna mais uma vez perdeu a sua forma e ficou vazia com um falso evangelho sobre prosperidade, com a psicologia do aqui e agora, o culto gira em torno de Mamon, do dízimo, das ofertas e dos sacrifícios. As pessoas vem nos culto em busca de serem abençoadas, bem sucedidas, de cura, de emprego, de casamento. As pessoas não vem aos cultos para adorar a Deus, elas não vem aos cultos na tentativa de se arrepender de seus pecados, reconciliar com Deus e buscar a salvação e a vida eterna.
Há uma perda da Identidade de Cristão. Nos dias hodiernos, estamos vivenciando, nos mesmos palcos, cantores que se dizem cristãos, pseudo-cristãos, e as duplas mais bizarras debochadas sertanejas. Quem diria que até funkeiros estariam no mesmo palco forrozeiro que debocha de Cristo uma estrela gospel? Infelizmente, é isso que está acontecendo. É a união do sagrado com o profano. Nestes shows gospel, não existe diferença entre cristão e ateu, entre cristão e macumbeiro. São todos iguais e têm as mesmas filosofias de vida. Ser cristão é ser diferente, é identificar com Cristo e não com o mundo. Atos 11.26.
Como diz a história que falamos. a carroça está vazia e com muito barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz para esconder a falta de espiritualidade e poder do Espirito Santo em sua vidas.

Tenho muito cuidado para não discutir políticas ou religião e não sou muito fã de debates com calvinistas extremos, nem com pastores que acham que sabem tudo ou os fundamentalistas que só condenam o diferente como se todos fossem do demônio e apenas ele o santo. Porque, para mim isso é uma tremenda perda de tempo e uma armadilha de satanás para criar a síndrome do templo vazio nos evangélicos. Afinal, ser cristão é muito mais que isso, seguir a Cristo e imitá-lo.
Sem a buscar da humildade e o serviço ao próximo é ser um cristão hipócrita.

Pense um pouco:
Se a sua teologia, seu estudo bíblico te separa de pessoas, você esta no caminho errado.
Afinal, se o estudo teológico, psicológico ou filosófico sobre Deus gerar orgulho e arrogância, algo está profundamente errado. Se despertar humildade e revelar nossa ignorância estamos no caminho correto.
A Bíblia nos exorta para que nossa palavra seja equilibrada, sensata e sábia. Ao escrever para a igreja de Colossos o Apóstolo nos orienta:
A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.  Colossenses 4.6.

A pessoa com a síndrome do templo vazio tem prazer em esvaziar igreja

Jesus é enfático ao dizer: Quem não é comigo, é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Lucas 11:23.
Na síndrome do templo vazio o espalhar e é uma constante.
Trabalhar para o Senhor é um privilégio. Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. A exigência do ministério faz com que muitos sejam reprovados em suas ministrações por serem subjetivista alegando revelação especial.
Vemos isso em Calvino, Armínio, Lutero e seus discípulos que mais espalham que ajuntam.
A imperativa de Jesus é sempre essa: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Marcos 8:34.

Porque, “quem comigo não ajunta, espalha” Mt 12:30b.
O verbo ajuntar no grego (sunágo) traz a idéia de reunir, convidar ou receber como convidado, convocar, juntar. Se as nossas ações colaboram para conduzir – pela evangelização e ou bom testemunho – os perdidos a Deus, ou para o soerguimento espiritual dos nossos irmãos (discipulado, visita para encorajamento etc.), então estamos “arrebanhando com Cristo”.
O verbo espalhar (skorpizo) também pode ser traduzido por dispersar ou destruir (veja 2Coríntios 9.9). Uma maneira muito eficaz de produzir o caos na igreja e espalhar o povo de Deus tem lugar por meio da fofoca, do diz-que-diz, da divulgação de notícias não confirmadas e que se presta exclusivamente para denegrir a reputação das pessoas e de semear “…contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19; ICo 5.11), da divisão movida pela insubmissão e egoísmo, da formação de “panelinhas” que só servem para corromper a comunhão coletiva etc..
Quem sempre tem uma palavra reconciliadora, apaziguadora, de cautela, mansa e humilde, temperada com muito amor e paciência está ajuntando para Deus.
Mais do que uma afirmação espiritual é uma questão prática. Qualquer um que já teve que participar de alguma atividade em grupo entende prontamente o conceito de ajuntar.

Na verdade poucos são os que realmente “ajuntam”. Raro são aqueles que puxam as responsabilidades, que chamam para si as dúvidas, que buscam, respondem, resolvem. A maioria das pessoas apenas “espalha” contenda, ruínas, fofocas e orgulho. Passam os problemas e responsabilidades pra frente, trazem mais dúvidas do que soluções e consideram resolvidas quando “espalharam” as pendências para o colo de outrem.
São pessoas de mente cauterizadas pela hipocrisia em que vivem, são aqueles que não estão lá para ajudar, só atrapalham. E, na sua limitada visão, quanto mais espaço para espalhar, melhor.
Jesus que sabia das coisas quando afirmou: “Quer ajuntar? Pode vir! Quer espalhar? Pega o beco!” vemos isso quando Ele diz: ” Quem não é comigo é contra mim;”. Mt 12:30a.
A imperativa sempre será está: “Quem comigo não ajunta, espalha”. Penso que a maior dificuldade de um ministério que tem mais do que doze discípulos, é encontrar quem ajunta¸ ao invés de espalhadores. Digo isto, por que às vezes parece que o ministério que mais cresce nas igrejas é exatamente o ministério dos CARROÇA VAZIA. Atrapalhar tem sido o pior hábito a ser vencido por um povo que quer crescer. Geralmente uns ajuntam, mas pouco tempo depois,espalhadores sorrateiros encontram espaço para desfazer com tudo aquilo que foi feito arduamente. Essa dicotomia do processo ajunta e espalha tem gerado muito sofrimento na alma dos Pastores e lideres.

O orgulho e a vaidade fazem que pastores e lideres bem-intencionados se tornem carroça vazia. No entanto, como não há neutralidade na vida de um ministério, todo ministro precisa decidir se está num ministério para continuá-lo ou para mudá-lo. Continuar e mudar são, nestes casos, ajuntar ou espalhar, não há meio termo.

Começamos a esvaziar uma igreja quando procuramos questões não para eliminá-las, mas sim para tomarmos partido. Comportamo-nos como se a palavra não tivesse dito que não poderíamos fazer nada por partidarismo. “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2:3). Esse verso também vale para Pastores porque Jesus falava para Sacerdotes.

Todo Pastor, irmão ou irmã que se aproveitar de uma questão bíblica para contenda entre irmãos, será sempre um ministro do espalhamento. Não há ministério que se sustente com gente assim. Esse pessoal sempre se esconde em seu senso de justiça apurado, na exterioridade de uma falsa espiritualidade, enganando os incautos que não percebem que os ajuntadores aceitam sofrer a injustiça, e não correr atrás da justiça nesta terra. Os ajuntadores aceitam perdoar sem que seja preciso uma conversa para esclarecer tudo, isto porque reconhecem que há coisas que jamais poderão ser plenamente esclarecidas porque a mentira é uma atitude possível na relação entre as pessoas. O ajuntador aconselha o perdão como primeira medida. O espalhador tem o perdão como última medida.

O cristão cheio nunca quer ter razão. Ele prefere estar errado e se arrepender para que fique tudo certo, a ter razão e ver tudo ficando errado ao seu redor. O ajuntador prefere pedir desculpas sem estar errado se isto significar ganhar alguém. Isto porque a arte de conquistar sempre exige humildade. E quem consegue conquistar sem sofrer injustiças? Quem consegue ajuntar sem receber pedradas? Quem consegue ajuntar sem choro? Aliás, somente os ajuntadores choram. Os espalhadores não sabem o que é chorar. Quem sabe o trabalho que é exigido para arrumar,dificilmente desarruma. Quem conhece as lágrimas necessárias para um ajuntamento, não conseguirá ser um espalhador.
Que o Senhor envie trabalhadores para a sua ceara, pois esta, ainda está branca para a colheita, e será preciso muita gente para ajuntar o que muita gente mesmo, tem espalhado.
Toda pessoa que não está comigo, contra mim está, e aquele que comigo não ajunta espalha. Lucas 11:23.

Sempre existe pessoas que procuram um meio, uma falha pra criticar sua igreja e acabam sempre a procura de uma igreja perfeita sem defeitos e muitas vezes acabam parando em lugar nenhum ou a cada domingo em uma igreja diferente, não cria raízes. Não existe denominações perfeitas porque nós não somos perfeitos, existe sim um Deus perfeito a procura de pessoas que dão valor as pequenas coisas, que não vão atrás de pessoas, que não se importam se dão oportunidade, por achar que lá onde estão indo será melhor ou coisa do tipo. Sejamos a mudança que queremos, que venhamos dar mais atenção a palavra do que a pessoas que. sejamos como o profeta Habacuque que orou a Deus pedindo que avivasse a obra e que nos anos seguintes elas se tornaria conhecida por meio da palavra.

A síndrome do templo vazio produz pessoas doentes

A grande realidade é que muitas igrejas estão cheias de pessoas vazias. Elas entram tristes e saem depressivas. Elas entram com dificuldades financeiras e se tornam pessoas falidas. Que grande progresso elas conseguem! Mas a Palavra de Deus nos afirma: porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Mt 24.24. Por isso, da importância de buscarmos a verdade do Senhor Jesus no lugar certo. O lugar certo é o lugar em que a Palavra de Deus é ministrada com reverência e humildade, sempre dando honra ao Senhor Jesus e não ao homem que a prega. É o lugar em que só de entrar você sente alegria e paz.

Porém, as igrejas de hoje são vistas como alternativas emergentes de lucro financeiro e muitas são chamadas de “comunidades terapêuticas”, onde o individuo é submetido a terapias psicológicas, envolvendo, às vezes, danças ditas espirituais. A dança é sempre associada à carnalidade, à vulgaridade, à sensualidade e à sedução. Essas comunidades gospel adotaram um estilo de vida “playboy”, com alguns termos geralmente usados nos cultos e na comunidade como “galã de Cristo”, “pastor show”, “pastor pop”.

É justamente por isso que muitos pastores hoje sofrem com a síndrome do templo vazio, estes líderes ainda não descobriram que o modo como estão realizando a obra de Deus está destruindo a própria obra de Deus em suas vidas.
É por isso que eles se sentem-se miseráveis, cansados, feridos, desanimados, lutando no limite das forças, e caindo em tentações que haviam superado já no início de suas vidas cristãs. Nos dias de hoje são inúmeros pastores e lideres que se tornaram hipócritas e muitas das vezes doentes psicossomáticos e até doenças patológicas. 
Pesquisas recentes (realizadas nos Estados Unidos) mostram que pessoas que trabalham no ministério sofrem muito mais de obesidade, hipertensão e depressão que a maioria dos americanos. Na última década eles usaram muito mais antidepressivos e sua expectativa de vida caiu. Muitos gostariam de trocar de trabalho, se pudessem.
Líderes cristãos têm a segunda maior taxa de divórcio entre todas as profissões;
80% acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente suas famílias.
70% dos pastores não possuem amigos íntimos, com quem possam abrir o coração.
94% se sentem sob pressão para ter uma família perfeita.
80% dos pastores dizem que não têm tempo com seu cônjuge;
90% sentem-se incompetentes ou mal preparados para o ministério.
50% sentem-se incapazes de atender as demandas do ministério;
57% deixariam o pastorado se tivessem outro lugar para trabalhar ou outra vocação que pudessem desenvolver;
45% dos pastores afirmaram que já experimentaram depressão e tiveram que se afastar do ministério por causa disto;
40% dos pastores e 47% das esposas estão sofrendo deste conflito, agendas superlotadas e/ou expectativas irreais no ministério;
1.500 pastores deixam os seus ministérios a cada mês devido a síndrome do templo vazio, conflitos na igreja ou falha moral.
Médicos, advogados e membros do ministério eclesiasticístico têm mais problemas com alcoolismo, abuso de drogas e suicídio.

A síndrome do templo vazio cria apostasia na igreja

Apóstolo Paulo afirma: O Espírito Santo diz expressamente que nos últimos tempos alguns renegarão a fé, dando atenção a espíritos sedutores e a doutrinas demoníacas. 1 Tm 4:1.
Quem são os pregadores sedutores? São aqueles seduzidos pelo poder do diabo, pregam doutrinas de demônios e são desviados da verdade ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo e seus santos apóstolos. Ef 2:20-22; 2 Tm 1:12-14.
Esses pregadores vivem arte da dissimulação, do engano e da falsa fé. Pregam em nome de Deus, de Jesus, do Espírito Santo, e até milagres e curas podem acontecer, não pelo seu mérito, mas devido o poder do nome de Jesus que eles usam. Não podemos esquecer que o diabo também pode realizar tais prodígios para enganar multidões. 2 Cor 11:13-14.
O Apóstolo Pedro diz: Houve, contudo, também falsos profetas no seio do povo, como haverá entre vós falsos mestres, os quais trarão heresias perniciosas. Muitas seguirão as suas doutrinas dissolutas. Por avareza, procurarão, com discursos fingidos, fazer de vós objeto de negócios; mas seu julgamento há muito está em ação e a sua destruição não tarda. 2 Pd 2:1-3.
Esses pregadores não acreditam no que pregam e nem tem o temor de Deus e de seu juízo. Paulo escreve: Afirmam conhecer a Deus, mas negam-no com os seus atos, pois são abomináveis, desobedientes e incapazes para qualquer boa obra (Tt 1:16).
Esses pregadores são homens hereges, pervertidos e condenados pelos seus próprios atos pecaminosos. (Tt 3:10.11).
Vivemos o tumultuado mundo de falsos profetas, pastores, evangelistas, missionários, mestres, gurus, magos, bispos e apóstolos que são verdadeiros apóstatas da fé e inimigos do verdadeiro Evangelho de Cristo. Criadores de doutrinas falsas e obscenas, praticantes de toda sorte de pecados. Num mundo que está tomado por vários tipos de crises, de conflitos, de perdas e de medo, fica claro, aberto e oportuno para os charlatões, curandeiros, estelionatários e fraudulentos líderes religiosos darem os golpes da fé nos sofredores, nos doentes e nos desorientados.

Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã.  Tiago 1.26.
Espalhar a fofoca dentro no meio da igreja. Causar tumulto e discussões ,Desconfiança na igreja. Formar grupinhos secretos, Desmotivar a igreja. Tentar tirar a igreja do foco, Destruir a unidade familiar . Implantar costumes e heresias seculares dentro da igreja.
são os aspectos da síndrome do templo vazio.
Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. 2 Tm 4:3 – 4.

Aspectos da síndrome do templo vazio

Muitos são os aspectos que caracterizam as pessoas infectadas com a síndrome do templo vazio, entres elas podemos destacar as principais que detectamos nos evangélicos hodiernos.
Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo no meio evangélico hoje. Pouco notamos o verdadeiro arrependimento e conversão a Deus acontecendo, poucos oram e buscam a Deus verdadeiramente. O verdadeiro Evangelho poucos são os que Pregam. Porque, estão contaminados com a síndrome do templo vazio.  

1. Vida frívola dos cristãos.
2. Insensibilidade à santidade de Deus.
3. A naturalidade com que se comete pecado.
4. A introdução no estilo de louvor da igreja como extravagante e ridícula que está emergindo.
5. O desprezo para com a sã doutrina.
6. Desprezo pela instrução. Assim, a eliminação da Escola Dominical.
7. A indiferença para com a Palavra de Deus.
8. O materialismo das igrejas, pastores e membros.
9. Poderes para ver quem tem a maior igreja.
10. O alarmante número de ministros que caem em divórcio, adultérios, e que estão entrincheirados em seus púlpitos.
11. O conceito tão baixo que o mundo secular tem das igrejas, pastores e cristãos.
12. Estilos sensuais de adoração dos músicos, vocalistas e nômades cantores.
13. O protagonismo e senhorio que muitos pastores tem sobre as igrejas.
14. O nepotismo de faz de igrejas uma empresa familiar.
15. A facilidade com que as pessoas se tornam cristãs, são batizadas e se tornar membros de igrejas.
16. A substituição da Bíblia pela psicologia.
17. A politicagem, o caciquismo, o apadrinhamento e a burocracia que distinguem muitas pessoas que ostentam cargos eclesiásticos.
18-  A Bíblia deixou de ser a única e exclusiva regra de fé.
19-  A Bíblia foi substituída pelos princípios, doutrinas e conceitos da psicanálise e psicologia.
20- A Bíblia teve o seu ensino relativizado. Nessa perspectiva, ela deixou de ser a inerrante Palavra de Deus, passando a “conter” uma não tão inerrante  Palavra de Deus.
21- A exposição das Escrituras deixou de ter a centralidade no culto.
22- O Estudo sistemático e expositivo das Escrituras perdeu o seu espaço na comunidade da fé, que em nome de uma espiritualidade sensitiva, trocou a Palavra pela música.
23- Nos cultos públicos  os pastores deixaram de ler, pregar e explicar a Bíblia preferindo usar o precioso tempo do culto com teatro, dança e apresentações musicais.
24- Em nome de uma espiritualidade antropocêntrica, o ensino da Bíblia foi mudado, fazendo que o homem seja honrado e não o Senhor Todo Poderoso.

Há cura para síndrome do templo vazio

O ser humano não é o resultado de um processo evolutivo e nem o fruto do acaso. Gn 1.26; 2.7; 5.1.
Foi criado por Deus para um propósito específico, feito a imagem e semelhança do próprio Deus e recebeu o sopro de vida em suas narinas da boca do seu próprio criador. Gn 1.27; 2.7.
Somos parte de Deus, nossa alma anseia e anela por ter comunhão com Ele, pois só em Deus encontraremos a palavra de vida eterna e não há para onde irmos. Jo 6.68.
1. O vazio da alma do homem: Billy Graham visitava, certa vez, uma universidade norte-americana, quando perguntou ao reitor: “Qual o maior problema que o senhor enfrenta com os seus alunos?”. O educador respondeu-lhe: “Vazio. Há um vazio muito grande de Deus em seus corações.”
Buscando preencher este vazio, o homem vagueia pelos mais depravados desejos da carne. Gl 5.19-21, cometendo todo o tipo de pecado, que só lhe causa morte e eterna separação de Deus. Rm 3.32; 6.23.
Depois de toda esta busca desenfreada, conclui: “Não tenho neles prazer”. Ec 12.1. Mas aquele que anda com Cristo, experimenta uma vida abundante e inefável. Jo 4.14.
2.  A plenitude da comunhão com Deus: O Salmista Davi, enfrentava uma terrível luta interior, momento de angustia tal, que sua própria alma estava abatida. Sl 43.5.
Ele expressa sua profunda angustia no salmo 43, quando já não sentia a presença de Deus em sua vida, e as lembranças de uma vida de amizade com Deus, faziam com que sua alma se derramasse adentro de si, ao passo que as afrontas das pessoas que olhavam para ele e contemplavam a ausência da presença de Deus em sua vida o afligia ainda mais.
Diante disso, o rei Davi, consola a sua alma relembrando dos feitos do Senhor e da amizade que eles gozaram e concluir que o Senhor não o deixara nesta situação.
John Bunyan, em O Peregrino, descreve a angústia da alma sem sua jornada a Jerusalém Celeste. Quanto mais caminha, mais falta do Senhor vai sentindo até que, ao longe, avista a ditosa cidade, onde se encontra o amante de sua alma – Jesus Cristo.
Os prazeres da vida e as riquezas deste mundo, não podem encher de alegria, uma alma angustiada pela falta da presença de Deus. Somente Ele tem o poder de cura a alma humana da síndrome do templo vazio. Assim sendo, devemos perder o medo de orar e buscar o Senhor Jesus com sinceridade de alma em oração, estudo da palavra e comunhão uns com os outros e com Deus.

A oração
Oração é o exercício espiritual mais básico, é para o crente o que a respiração é para o ser humano. Se o homem parar de respirar ele morre, se o crente parar de orar, ele morre. Contudo, sobre oração ainda há, mais de 2000 anos após o ensino de Jesus, inúmeras dúvidas no povo acerca disso. Por quê? Porque não se ensina mais. E por quê? Porque não se ora mais. E por quê? [...]
A Bíblia nos mostra Ana orando só com o coração, com amargura de alma (I Sm 1.10,13). Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6.10). Moisés orava quarenta dias e quarenta noites (Ex 24.18; 34.28; Dt 9.9). Paulo orava sem cessar (I Ts 5.17). O publicano nem ousava olhar para o céu, batia no peito e dizia: "Sê propício a mim, Senhor, que sou pecador!" (Lc 18.132). Jesus, em sua agonia, suou sangue, mas ensinou que a vontade do Pai deve prevalecer (Lc 22.44). As três bases para a oração que Jesus ensinou inicia com o termo "portanto vós orareis assim..." (1) Sem hipocrisia, (2) sem a necessidade de que todos vejam e (3) a vontade do Pai deve prevalecer (Mt 6.5-15). Até para escolher seus doze discípulos Jesus virou a noite orando (Lc 6.12,13).

O Estudo da bíblia
O povo perece por falta de conhecimento (Os 4.1-9), e no tempo de Oséias o povo perjurava, mentia, matava, furtava, adulterava e cometia arrombamentos e homicídios. Vale destacar que este povo era o povo de Deus cuja Bíblia ressalta o fato de que a terra estava de luto por suas obras, tudo isso por falta de conhecimento de Deus (Os 4.1). A igreja que não ora, relativiza o pecado e abandona as Escrituras para se apoiar em suas próprias regras se torna apóstata, insensível, infiel, impiedosa, insubmissa, morta e vazia.
A Bíblia nos oferece exemplos excelentes. Dos mais famosos podemos citar: A) Para Josué Deus disse: "Medita neste livro da lei dia e noite." (Js 1.8).
B) Esdras respondeu à sede do povo, leu o livro da Lei e explicou de maneira que todos compreendessem (Ne 8.1-12).
C) Hilquias, sumo-sacerdote no reinado de Josias, encontrou o livro da Lei na Casa do Senhor, o que desencadeou um avivamento histórico embasado nas Escrituras (II Rs 22.8).
D) Filipe e o eunuco, que já citamos acima (At 8.26-40).
E) O próprio Jesus que combateu tantos líderes judaicos de sua época (e.g. Jo 5.39,45-47).
F) O primeiro discurso da Igreja proferido por Pedro é uma compilação de textos das Escrituras (At 2.14-36).
G) Paulo tem em seu ministério a marca de um verdadeiro apologeta (I Co 2.4,5; 3.11; II Tm 3.16,17).
H) O Salmo 119 é uma clara exaltação da Lei, versos que entronizam as Escrituras. Mas não, a Igreja não será destruída, Jesus deixou isso claro (Mt 16.18), porém alguns se tornarão desertores (Mt 24.24; cf. II Ts 2.3). Voltemos para as Escrituras.

A Comunhão com os irmãos e com Deus
A Igreja é lugar de comunhão. Nela aprendemos a viver e a testemunhar o milagre da partilha. Esta partilha enriquece a verdadeira experiência de doação, de todos os que desejam servir a Deus e aos irmãos. Servir é gesto de doação de si mesmo àqueles que muito necessitam de nossa ajuda. Servir é amar e amar é se colocar a serviço do outro.
Deus quer e exige que seu povo permaneça unido. 1 Co 1.10. Em sua oração sacerdotal, o Senhor Jesus roga ao Pai pela unidade de seus discípulos. Jo 17.11. Portanto, se mantemos o vínculo da comunhão, agradamos a Deus. Ef 4.3. Sim, esse é o vínculo da perfeição que tem como base o amor; conforme ensina o apóstolo Paulo: "com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor". Ef 4.2.
A comunhão com Deus consola a alma: O mestre Jesus nos advertiu que a vida cristã seria uma vida de aflições e perseguições enquanto estivermos neste mundo. Jo 16.33.
Mas que devemos ter ânimo, pois assim como Ele venceu o mundo, por meio Dele, também venceremos. O salmista Davi exalta ao Senhor, pois na sua aflição o Senhor revelou a sua benignidade, conhecendo a angustia da alma do salmista. Sl 31.7.
Em meio às lutas do cotidiano e as decepções da vida, só a comunhão com o Senhor é que pode nos conduzir a uma vida de felicidades e prazeres.
Pois só a Sua maravilhosa presença pode nos dar a paz que o mundo não pode nos dar. Jo 14.27, e nos fazer salta de júbilo em meio as dificuldades e provações. Sl 132.16.


CONTINUA...

SHALOM ADONAY

JOSÉ ALFINYAHU
Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistematica.


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